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Vai viajar para o Japão? Confira nosso guia completo de viagem!

Saiba tudo sobre visto, transportes, acesso à internet, hospedagem, câmbio, ajuda a turistas, hábitos, costumes e dicas de segurança!

Por Nádia Sayuri Kaku
Atualizado em 30 abr 2025, 13h27 - Publicado em 30 abr 2025, 10h00

Se você tem a impressão que todo mundo está passeando no Japão, não está errado: desde que reabriu suas fronteiras em 2022, o país vem alcançando recordes em números de turistas. Segundo a JNTO – Organização Nacional de Turismo Japonês, de janeiro a novembro de 2024, o arquipélago registrou a entrada de quase 37 milhões de visitantes – 47% acima do registrado no mesmo período em 2023 e 15% superior a 2019 (pré-pandemia). O que mais impressiona é o aumento de 96% de turistas brasileiros entre 2019 e 2024.

Os motivos para esse interesse são diversos: a cultura nipônica sempre foi muito popular no Brasil, assim como a culinária e o interesse pela tecnologia japonesa. A possibilidade de visitar locais muito distintos dentro de um único país (que é relativamente pequeno em área, se compararmos ao Brasil) e vivenciar experiências inusitadas são atrativos mesmo para viajantes veteranos.

E não menos importante: desde setembro de 2023, os brasileiros não precisam de visto para entrar no país – e a medida vale até, pelo menos, 29 de setembro de 2026 (e pode ser prorrogada).

Cruzamento de Shibuya, em Tóquio.
O cruzamento de Shibuya, em Tóquio, é um dos locais mais movimentados do mundo: em suas cinco faixas de pedestres, estima-se que atravessem cerca de 250 mil pessoas diariamente. Em momentos de maior fluxo, até 2,5 mil pessoas podem passar por ali a cada dois minutos. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

Outro ponto muito importante é o omotenashi” (おもてなし), uma filosofia de hospitalidade enraizada na sociedade japonesa. O termo originário da cerimônia do chá não tem uma tradução exata: às vezes é citado como “cuidar de todo o coração” ou ainda “não ter face pública”, mas seu valor vem justamente em antecipar as necessidades do outro, priorizando mais o cuidado do que a expectativa, sem desejar nada em troca. É algo facilmente presenciado in loco em todo o Japão, principalmente em hospedagens, cerimônias, lojas, restaurantes e transportes.

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Por fim, apesar da viagem demandar um investimento alto, a desvalorização do iene (moeda japonesa) em relação ao dólar nos últimos anos também beneficia o câmbio em real. Ou seja, para quem está pensando em visitar o Japão nos próximos meses, preparamos um guia completo para ajudar na viagem. Confira abaixo!

Visto e passagens para o Japão: aeroportos e translados

Vista para uma das pistas do Aeroporto Internacional de Narita.
Vista para uma das pistas do Aeroporto Internacional de Narita, localizado na província de Chiba. Ao lado, o hotel da companhia JAL (Japan Airlines). (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

Até 29 de setembro de 2026, os brasileiros viajando a turismo, visita a familiares e participação em eventos, não precisam de visto para entrar no Japão. No entanto, a medida é válida somente para passaportes emitidos a partir de 2011 (com chip) e a estadia não pode exceder a 90 dias. E, dependendo da rota da viagem, pode ser necessário um visto de trânsito no país onde será feita a conexão do voo.

Importante: não há voos diretos para o Japão partindo do Brasil. Obrigatoriamente será necessário realizar uma escala, que varia dependendo da rota. Cidades dos Estados Unidos (Nova York, Los Angeles e Dallas), da Europa (Roma, Paris, Frankfurt e Londres) e do Oriente Médio (Dubai e Doha) são as mais populares. Lembre-se de que a duração da viagem é o resultado da soma: aproximadamente 24 h de vôo + tempo de escala + 12 horas de fuso horário.

Transporte no Japão: trens, carros, táxi e shinkansen

Trem-bala no Japão
Plataforma do shinkansen, o trem-bala japonês. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

A maior parte dos voos internacionais chegam nos dois aeroportos da região de Tóquio (Narita e Haneda), no de Nagoya (em Aichi) e no de Kansai (em Osaka). Todos estão localizados em áreas metropolitanas com diversas opções de transportes. A mais usual entre os turistas são os trens, que atendem desde os grandes centros até pequenas cidades do interior e litoral (passando até por baixo do mar na região de Hokkaido). Inclusive, a malha ferroviária do Japão é uma das maiores do mundo com cerca de 27 mil km de extensão.

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Uma curiosidade: a maior parte do setor ferroviário é privado e pertence ao Grupo Japan Railways (JR), que opera em diversos serviços, incluindo os trem-balas (chamados de shinkansen). A JR, inclusive, oferece passes exclusivos para turistas, chamados JR Rail Pass, que permitem o uso ilimitado de trens da companhia por períodos específicos, além de reservas de assento (o uso pode variar dependendo do tipo de trem e da região a ser visitada).

Importante: para utilizar esse serviço, é necessário comprar o voucher no site oficial ou em uma agência de turismo autorizada no Brasil e trocá-lo nos guichês autorizados da JR quando chegar no Japão – essa troca não pode ser feita por pessoas que tenham visto de outra natureza (longa permanência, estudo etc.).

Otsuka Station, em Tóquio.
Entrada da Estação de Otsuka, em Tóquio. O símbolo verde da JR sinaliza a empresa que opera o serviço. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

Se não optar pelo Rail Pass, é possível adquirir passagens de trens para curtas distâncias nas máquinas automáticas instaladas em cada estação, ou você pode usar um cartão IC pré-pago, que funciona como o bilhete único paulistano. A compra das passagens para viagens de longas distâncias e as reservas de assento devem ser feitas nos guichês das principais estações.

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Tome cuidado com dois pontos: guarde o bilhete de forma segura, porque você vai precisar inseri-lo de novo na catraca na hora da saída. E também se atente para a empresa operadora da linha (há outras além da JR) e, inclusive, há estações que atendem trem e metrô ao mesmo tempo, ou ainda trens diferentes que passam pela mesma plataforma.

O preço é sempre calculado pela distância do percurso – quanto mais longe você vai, mais caro – mas as passagens não sofrem variações de acordo com a demanda, como acontece com os tickets aéreos. Com isso, é possível planejar e reservar com antecedência.

Street car em Hakodate
Street car (semelhante aos antigos bondes brasileiros) na cidade de Hakodate, província de Hokkaido. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

Para fazer itinerários, aplicativos como Japan Transit Planner ou o Japan Route Finder & Planner e até mesmo o Google Maps podem ajudar a montar rotas e também auxiliam nas conexões de trem e metrô, mostrando, inclusive, o número da plataforma que você precisa ir. Não custa lembrar que os trens são extremamente pontuais, então, pode ser que as baldeações precisem ser feitas com minutos cronometrados de intervalo. Por fim, se precisar se comunicar com algum funcionário, uma boa saída é mostrar o seu destino no celular para algum atendente da estação – mesmo que o funcionário só fale japonês, essa comunicação pode ajudar mais do que você imagina.

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Táxis são numerosos e podem ser a única opção de locomoção em áreas rurais ou após o horário de atendimento do transporte público. Pode usar sem medo: o atendimento é primoroso e o valor das corridas é indicado no taxímetro. No entanto, cabe lembrar que, embora alguns motoristas de grandes cidades sejam proficientes em línguas estrangeiras, isso é mais uma exceção do que uma regra. Se resolver usar o meio, é conveniente ter o destino escrito em japonês no papel ou no celular – especialmente se não for um ponto turístico importante ou um hotel. Assim como outros profissionais da indústria de serviços no Japão, os motoristas de táxi não esperam e nem aceitam gorjetas.

Taxi na cidade de Sapporo
Táxi na cidade Sapporo, província de Hokkaido. O luminoso vermelho (空車) indica que o veículo está livre. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

As placas luminosas na frente dos táxis mostram se eles estão disponíveis. Elas geralmente estão no idioma japonês, mas são codificados por cores: o vermelho significa que o táxi está livre, enquanto o verde significa que está ocupado. As portas abrem e fecham automaticamente, por isso não tente abri-las ao entrar e sair.

Para dirigir carros de passeio no Japão, é necessário ter uma Carteira Internacional de Habilitação emitida por um país integrante da Convenção de Genebra (o Brasil não faz parte) ou tirar uma carteira japonesa. Para estadias de curta duração, não é uma opção aconselhável. Vale lembrar também que o país utiliza a mão inglesa de direção, na qual o volante fica localizado no lado direito do veículo (ao contrário do Brasil).

Acesso à internet: wi-fi portátil

Pocket wifi
Aparelho de Pocket WiFi. (Reprodução/jrailpass.com/Divulgação)

Há vários pontos de wi-fi gratuitos pelo Japão, que podem ser conectados com o uso de aplicativos como o Japan Connected Wi-Fi. Outra alternativa é alugar o Pocket WiFi, um aparelho pequeno que emite internet e conecta até cinco dispositivos simultaneamente – é só deixar no bolso e usar celular ou tablet normalmente. É possível adquirir online ou em lojas de telefonia no Japão (como AU, Softbank e Vodafone).

Se quiser sair do Brasil com isso resolvido, agências de viagem especializadas também podem fazer essa solicitação para você, entregando o aparelho no primeiro endereço que você irá se hospedar no Japão. A devolução também é prática: o aparelho vem junto com um envelope preenchido. Na hora de ir embora, é só colocar tudo dentro desse envelope, lacrar e colocar numa caixa de correio (inclusive as do aeroporto). Só lembre de carregar a bateria todos os dias para não evitar transtornos.

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Transporte de bagagem

Símbolo do Hands-free
Logotipo do serviço “Hands-free”. (Divulgação/Divulgação)

Geralmente as companhias aéreas permitem duas malas de até 23 kg, além da bagagem de mão, nos voos. Viajar com tudo isso dentro do Japão pode não ser uma tarefa fácil, principalmente em trens locais onde não há compartimento de bagagem. Para evitar esse problema, a recomendação é utilizar o serviço de mãos livres (“hands-free”) disponível em diversos pontos em todo o país: mediante uma taxa que varia de acordo com o tamanho da bagagem, você pode armazenar ou enviar a mala de um ponto a outro.

Logo do Kuro Neko
Logotipo do serviço de Yamato Kuro Neko. (Divulgação/Divulgação)

Esse serviço está disponível em diversos locais, como hotéis (só pedir ajuda na recepção), aeroportos (a mala é enviada para o terminal do seu vôo), estações de trem e até lojas de conveniência. A maior empresa do ramo (chamado de “takkyubin” em japonês) é a Yamato Kuro Neko: seu logotipo tem dois simpáticos gatinhos pretos (“kuro neko” significa gato preto) e aparece como selos nos estabelecimentos que oferecem o serviço.

Câmbio

Moedas e notas de iene japonês
Cédula de 10 mil ienes e moedas diversas (de 500, 100, 50 e 5 ienes). (Unsplash/Divulgação)

A moeda japonesa é o iene e, diferentemente do Brasil, o dinheiro em espécie é amplamente utilizado no Japão inteiro. Máquinas automáticas de vendas, guichês de passagens e vários meios de transportes (como ônibus), muitas vezes, só aceitam cédulas e moedas. Ou seja, não confie somente em cartões internacionais. Vale lembrar que os caixas eletrônicos muitas vezes cobram por saques e nem todos são 24 horas. Por isso, é aconselhável fazer o câmbio no Brasil e levar uma quantia de segurança.

Máquina de venda de bebidas
As máquinas de vendas de bebidas são encontradas em todo o Japão, seja em locais fechados (como estações de trem e prédios) ou em espaços ao ar livre, como ruas, parques e até trilhas na montanha. Muitas delas só aceitam dinheiro em espécie. (Nádia Sayuri Kaku/Divulgação)

Como o iene não possui centavos, a moeda pode assustar pela quantidade de zeros. Por exemplo, uma garrafa de água pode custar 120 ienes, uma pizza sai em média 2500 ienes e uma passagem de shinkansen entre Tóquio e Osaka tem valor por volta de 14000 ienes. Uma característica do comércio é devolver o troco exato sempre, mesmo se for poucos ienes. Uma dica: as moedinhas de cinco ienes (que possuem um furo no meio) são frequentemente dadas como doação em santuários xintoístas e também podem servir de um simbólico – e barato – souvenir de viagem.

Hospedagens no Japão: reservas de hotéis e ryokan

Ginza Onsen
Fundada no local de uma antiga mina de prata na província de Yamagata, as hospedagens tradicionais e as fontes de água termal do Ginzan Onsen remetem ao Japão da era Taisho. No lado direito da foto, o prédio iluminado é um hotel assinado por Kengo Kuma. (Nádia Sayuri Kaku/Divulgação)

Os sites brasileiros e as agências de viagem oferecem serviços de reserva para várias partes do Japão. Airbnb também é uma opção bastante popular entre os turistas.

A JNTO indica outros sites (em inglês) que podem ajudar na hospedagem.

  • Japanican: reúne mais de 4 mil hotéis e ryokan (hospedagem tradicional japonesa), além de oferecer reservas de passeios.
  • Japan Hotel Association: o site é composto por hotéis que representam cada parte do arquipélago, todos aprovados pelo Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão.
  • Japan Ryokan & Hotel Association: reúne cerca de 3 mil ryokan em todo o país.
  • Rakuten: o maior site de reservas online do Japão.
  • Selected Onsen Ryokan: oferece mais de 200 opções de onsen ryokan pelo país. Onsen ryokan são tradicionais hospedagens japonesas com fontes de águas termais.

Hábitos e costumes: a etiqueta do viajante

Tori flutuante de Miyajima.
O torii (“portal”) flutuante de Miyajima fica sobre as águas do mar que banham a província de Hiroshima e é considerado uma das três vistas mais bonitas do Japão. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

O Japão possui uma cultura única e várias formas de demonstrar respeito, principalmente na comunicação com pessoas mais velhas e clientes. Embora não seja difícil seguir os protocolos, muitas dúvidas culturais podem surgir durante a viagem – não deixe de perguntar se não entender algo. E, para ajudar os turistas, a JNTO também possui um guia com a “etiqueta de viagem“. Confira alguns pontos:

  • Tirar os sapatos ao entrar em um ambiente fechado é bem usual. É algo que acontece muito em ambientes particulares, residenciais e templos. Em restaurantes e lojas, varia de caso a caso. Uma curiosidade é que muitos locais têm chinelos específicos para ser usados dentro do banheiro (é só trocar o calçado ao entrar e sair do ambiente).
  • Os japoneses são menos propensos a contato corporal nas interações cotidianas, então, cuidado com beijos, abraços e apertos de mão (aqui vale dar uma olhada como os outros ao redor se comportam, porque pode variar dependendo da situação).
  • Hospedagens tradicionais (ryokan) possuem regras próprias, que incluem utilizar os roupões fornecidos pelo estabelecimento, regras para banhos nas fontes termais e jantares que podem ser servidos em salas coletivas ou dentro do quarto. Geralmente, o próprio hotel passa uma lista de coisas a se fazer ou não para o hóspede.

    Casa de banho pública em Saitama.
    Casa de banho público – também chamada de sentou – na província de Saitama. Água quente em japonês é お湯 (lê-se “oyu“), então, muitos estabelecimentos utilizam a sílaba ゆ (“yu“) para se identificar. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

  • As regras para banhos em águas termais ou banhos públicos podem soar estranhas para os brasileiros, mas precisam ser respeitadas. Geralmente, os recintos são separados para homens e mulheres, mas o ambiente é coletivo (sim, você toma banho junto com pessoas desconhecidas). Apesar de exceções, o procedimento padrão é retirar toda a roupa e lavar o corpo com sabão, antes de entrar numa terma. E lembre-se de que a água pode estar muito quente, então, vá com calma para se aclimatar. Se você possuir tatuagem, talvez precise consultar as regras se pode acessar a área de banho.
  • Dentro de trens e ônibus, o usual é conversar sempre em voz baixa. Apesar de não ser uma lei, falar ao telefone nestes locais é geralmente reprovado. Evite.
  • O Japão tem locais específicos para fumar em público. É proibido fumar enquanto caminha na rua ou jogar cinzas no chão e o infrator pode ser multado. Há poucas áreas para fumar ao ar livre. Se quiser fumar em público, procure a área permitida específica mais próxima.

Apoio a turistas e estrangeiros: desastres naturais, guias certificados e contatos de emergência

Aviso de tsunami na cidade de Hakodate.
Placa para aviso de tsunami na cidade de Hakodate, na provínica de Hokkaido. (Nádia Sayuri Kaku/CASACOR)

Quando estiver viajando pelo Japão, leve sempre seu passaporte como uma forma de identificação. A JNTO opera um canal direto de atendimento para visitantes 24 horas por dia, 365 dias por ano. É possível solicitar informações turísticas ou assistência em caso de acidentes e emergências em inglês, chinês e coreano. O telefone é 050-3816-2787 ou +81-50-3816-2787 (para quem liga do exterior).

Para informações turísticas, é possível entrar em contato com o JNTO TIC, com Centros de Informações Turísticas presentes em todo o país ou ainda contratar um guia intérprete licenciado oficial. Se você ainda está no Brasil montando o roteiro, pode tirar as dúvidas também no desk JNTO instalado dentro da Japan House São Paulo, localizado da Avenida Paulista.

Como o Japão está localizado em uma parte do planeta onde muitas placas tectônicas se encontram, abalos sísmicos, vulcões e fontes de água termais são comuns em todo o arquipélago. Mas não se preocupe: o país é amplamente preparado para lidar com esses fenômenos naturais. Caso, um abalo sísmico mais forte aconteça, fique calmo e siga as orientações de segurança. O site oficial do governo da província de Aichi possui instruções detalhadas em português sobre como agir em casa do desastres naturais.

Por fim, na questão acessibilidade, saiba que cerca de 95% das estações de trem do Japão são completamente acessíveis e caminhar pelas ruas é fácil, pois as calçadas são boas, e para qualquer pessoa com deficiência visual, há lajotas amarelas proeminentes que indicam caminhos seguros, além da maioria dos semáforos também emitir sinais sonoros. Para obter dicas sobre o assunto, o indicado é entrar em contato com as equipes do Acessible Japan.

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