Levar a natureza para dentro de casa é sinônimo de calmaria e bem-estar para os moradores. As piscinas biológicas são populares por levarem esse movimento para a decoração de áreas externas.
O conceito que parece exótico em um primeiro momento entrou para o gosto dos brasileiros e se diferencia especialmente pela presença de alguns elementos como: areia, pedras, plantas aquáticas e até peixes.
“A piscina biológica oferece benefícios para a saúde mental parecidos aos ‘banhos de floresta’, uma prática da medicina oriental que tem sido recomendada por psicólogos mundo afora. Além de serem refrescantes, as piscinas têm esse caráter introspectivo. Um mergulho com snorkel numa piscina biológica têm um efeito relaxante que faz bem para a mente e para o corpo”, explica o biólogo Rafael Catarino, dono da Clímax Ambiental.
Sustentabilidade
As piscinas biológicas têm o poder de surpreender e trazer vida para a área externa, muito mais do que uma piscina convencional. Mas essa está longe de ser a única vantagem de apostar na estrutura.
Isso porque não é apenas o visual que faz com que as piscinas biológicas pareçam mais sustentáveis. Elas de fato são. Diferente dos modelos convencionais, elas não usam cimento e nem estrutura de aço para serem construídas, e como consequência, há menos resíduos.
Como as piscinas biológicas funcionam?
Na contramão do uso do cloro, as piscinas biológicas utilizam microrganismos para purificar a água. A presença dos peixes contribui para esse funcionamento, pois eles ajudam no controle de algas e larvas de mosquito, o que cria um fluxo biológico – de onde vem o nome inclusive.
O ozônio é o único elemento adicionado na água. Com um poder de limpeza muito superior ao do cloro, ele não apresenta efeitos adversos que podem comprometer a saúde humana, como alergias respiratórias ou problemas de pele.
Cuidados com piscinas biológicas
Para garantir esse equilíbrio é importante contar com o apoio profissional para a criação e manutenção da piscina. Catarino ressalta que é necessário uma série de cuidados para garantir a autorregulação desde a criação do sistema de filtragem biológica até o controle do ozônio para não afetar a saúde dos peixes.
Na escolha dos peixes, o biólogo alerta para as diferentes temperaturas. As carpas são indicadas para regiões de clima ameno, mas para regiões mais quentes, como o nordeste brasileiro, vale a pena buscar por espécies nativas.