Projetada pelo escritório Gera Brasil, dos arquitetos Karen Ueda, Nilce Pinho e Antonio Vissotto, a Casa das Birutas foi construída com técnicas de bioconstrução e tecnologias que a transformaram em uma residência autossustentável.
O telhado da casa foi feito de bambu, a estrutura em madeira certificada e o muro de arrimo de hiperabode (terra local ensacada). Os arquitetos ainda aproveitaram o maior número possível de materiais da obra e do descarte comum. Mais de seis mil garrafas de vidro foram utilizadas como piso dos degraus, distribuídos ao longo do terreno íngreme.
Água e Energia
Para reduzir o consumo de energia para iluminação e aquecimento/ resfriamento do ambiente, o projeto prioriza a ventilação cruzada, a iluminação natural e a vedação dos espaços para conforto térmico. A residência ainda usa energia solar para aquecer a água dos chuveiros. A Casa das Birutas também possui um sistema BSI (Biossistema Integrado) que transforma esgoto e restos de alimento em biogás, que é utilizado para cozinhar.
Como a residência está localizada em uma área distante do sistema de água e esgoto, na ecovila de Piracaia, a água potável é retirada de uma nascente e é utilizada apenas para os chuveiros, o filtro e as pias. As descargas dos vasos sanitários e a irrigação do jardim é feita com água captada da chuva, o que gerou uma economia de 36% para os moradores.
Paisagismo
O paisagismo da propriedade foi pensado a partir do sistema agroflorestal, que produz alimentos por uma mecânica inteligente em parceria com a floresta existente. Jardins também foram instalados no relevo acidentado existente para conter o fluxo d’água nas enxurradas e prevenir a erosão.