Continua após publicidade

Semana do Meio Ambiente: ações sustentáveis na obra da CASACOR SP 2025

Ações sustentáveis se fazem presentes na CASACOR SP 2025, não apenas na Semana do Meio Ambiente, mas em toda a realização da mostra

Por Milena Garcia
Atualizado em 4 jun 2025, 17h01 - Publicado em 4 jun 2025, 10h19

Celebrada na primeira semana de junho, a Semana Nacional do Meio Ambiente é honrada por meio de ações sustentáveis na CASACOR São Paulo 2025. Mais do que valorizar a estética, o evento reforça seu compromisso com práticas conscientes que impactam positivamente o presente e o futuro.

Henrique Freneda - Casa Viva. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Henrique Freneda – Casa Viva. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Roberta Gewehr/CASACOR)

Entre as iniciativas, estão a certificação Lixo Zero, a neutralização de carbono e a doação de materiais para ONGs, além do uso eficiente de água, energia renovável e incentivo à economia local. Cada um dos projetos que compõem a mostra também conta com práticas específicas propostas pelos arquitetos. O objetivo é claro: unir arquitetura, design e paisagismo a ações concretas em prol do meio ambiente.

Design sustentável na CASACOR SP 2025

A economia circular e o upcycling têm se destacado como abordagens sustentáveis na arquitetura e no design ao promoverem o reaproveitamento de materiais e a redução de resíduos

Continua após a publicidade
Zanardo Paisagismo - Jardim do Círculo de Pedras. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Zanardo Paisagismo – Jardim do Círculo de Pedras. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Bia Nauiack/CASACOR)

Na CASACOR SP 2025, essas práticas foram incorporadas em diversos ambientes, mostrando como é possível unir criatividade e responsabilidade ambiental. Os projetos reforçam o compromisso da mostra com soluções duradouras e conscientes. Conheça alguns exemplos na Semana do Meio Ambiente: 

Futuros Possíveis – Gisele Taranto

Gisele Taranto é um dos principais exemplos de design sustentável na CASACOR SP 2025. A arquiteta desenvolveu um espaço de 70 m2 que abriga palestras e exibe o Peugeot E-2008 (100% elétrico), empregando blocos modulares de plástico reciclado na construção.  Comparado à alvenaria, o método é capaz de reduzir até 90% das emissões de carbono na atmosfera. 

Continua após a publicidade
Gisele Taranto Arquitetura - Futuros Possíveis por Peugeot. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Gisele Taranto Arquitetura – Futuros Possíveis por Peugeot. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado Mendonça, do MCA Estúdio/CASACOR)

Forneria San Paolo – Modular Studio + Stage.Aec

O restaurante de 165 m2 funciona numa construção modular de madeira e metal. A arquitetura tem baixo impacto ambiental graças aos sistemas industrializados e aos materiais renováveis de alta durabilidade – resultado da parceria entre o Modular Studio e o Stage.AEC. 

Modular Studio + Stage.AEC - Forneria San Paolo. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Modular Studio + Stage.AEC – Forneria San Paolo. Como laboratório de um novo modelo de ocupação urbana, este restaurante de 165 m² funciona num pavilhão industrializado de madeira e metal. Trata-se de uma parceria do Modular Studio, dos arquitetos Alessandra Cipriani, Higor Cipriani e Felipe Savassi, com o Stage.AEC, de Helena Obino, Cesar Sallum e José Rocha, responsáveis pelos interiores. Com materiais renováveis, a arquitetura tem baixo impacto ambiental. Já o décor celebra a herança italiana da marca com uma pegada acolhedora, de tons quentes e texturas rústicas, e espaços de convivência. (Divulgação/CASACOR)

Casa Paulistana Claro – João Panaggio

O destaque sustentável da tiny house de 170 m2 de João Panaggio é a reutilização da estrutura metálica que dá sustentação ao ambiente. O arquiteto já havia aproveitado o material em outras duas ocasiões, ambas na CASACOR Rio de Janeiro

João Panaggio - Claro na Casa Paulistana. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
João Panaggio – Claro na Casa Paulistana. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)

Casa Vitra – Leo Shehtman

Quem também aproveitou materiais usados em outras edições da mostra foi Léo Shehtman, em seu living de 76 m2. O elemento central da arquitetura é a parede de tijolos de vidro – a qual os blocos haviam sido utilizados no projeto da Casa LG, assinada então pelo arquiteto Otto Felix, guardados pela CASACOR desde então. 

Continua após a publicidade
Léo Shehtman Arquitetura e Design - Tempo Presente. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Léo Shehtman Arquitetura e Design – Tempo Presente. O arroubo de transmutar matéria em poesia motivou a composição deste living de 76 m². A partir de um elemento central surpreendente, a parede de tijolo de vidro (os blocos foram usados na mostra de 2022 e guardados desde então), a marcenaria marrom traz peso, em oposição à iluminação etérea da tela tensionada. A paleta passeia entre terrosos e crus, e o tecido na parede aporta aconchego. “Cada escolha exala experiências sensoriais: luz, cor, textura e forma trabalham a fim de acolher os sonhos de hoje e inspirar os de amanhã”, defende Léo. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)

Casa Viva – Henrique Freneda

Henrique Freneda também merece evidência na Semana do Meio Ambiente. Sua tiny house de 29,5 m2 é mais um exemplo de construção seca, feita com madeira de reflorestamento, placas cimentícias e vidro com proteção UV. A ausência de materiais de alto impacto ambiental e a não-geração de resíduos foram preocupações do projeto. 

Henrique Freneda - Casa Viva. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Henrique Freneda – Casa Viva. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Roberta Gewehr/CASACOR)

Compensação de carbono

Entre o elenco da CASACOR SP 2025, também houve a preocupação em reduzir a pegada de carbono nas obras. Para isso, três profissionais recorreram a uma consultoria com a Sustentech (empresa especializada em ESG) sobre o ciclo de vida dos produtos instalados em seus projetos e as formas de compensação de CO2. São eles: João Armentano, Marko Brajovic e Renzo Cerqueira. 

Armentano Arquitetura - Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Armentano Arquitetura – Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/CASACOR)

Além disso, o público também pode fazer a sua parte: ao comprar o ingresso, é possível pagar o valor extra de R$ 6. O adicional é referente à pegada de carbono média dos visitantes do evento no deslocamento até o Parque da Água Branca.

Continua após a publicidade

Legado ao Parque da Água Branca

Diversos outros ambientes da CASACOR SP podem ser citados pela revitalização dos pisos de taco e granilite originais do Parque da Água Branca. Alguns exemplos são: Paula Neder, Maurício Arruda, Yara Elias, Rodolfo Consoli e Gabriel Fernandes. A medida, além de reduzir a demanda por materiais, deixa um legado sustentável para o parque após o encerramento da mostra. 

Maurício Arruda - Casa Coral – Cores do Parque. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Maurício Arruda – Casa Coral – Cores do Parque. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)
Publicidade