A pitaya, também conhecida como fruta-do-dragão, tem ganhado cada vez mais espaço nos quintais e jardins das casas brasileiras. Com aparência exótica, cores vibrantes e sabor adocicado, essa fruta tropical é um verdadeiro atrativo tanto para quem aprecia o cultivo de plantas quanto para quem busca alimentos saudáveis e ricos em nutrientes. E o melhor: é totalmente possível plantar em casa, seja em um vaso grande, na varanda, ou direto no solo do jardim.

Além de embelezar o espaço com suas formas únicas, a pitaya oferece diversos benefícios nutricionais, como alto teor de fibras, vitamina C, antioxidantes e baixo teor calórico. Cultivar essa planta em casa pode ser uma experiência recompensadora e mais simples do que parece, desde que se tenha os cuidados certos.
O que é a pitaya e suas variedades

A pitaya pertence à família das cactáceas, mesma dos cactos, e tem origem nas regiões tropicais das Américas. Seu nome deriva do termo indígena que significa “fruta escamosa”, em referência à sua casca de aparência singular.
Ela cresce em forma de trepadeira e pode atingir até cinco metros de altura quando bem conduzida. Existem três principais variedades de pitaya que podem ser cultivadas em casa:
- Pitaya branca: tem a polpa branca com sementes pretas e a casca rosa com escamas verdes. É a mais comum e fácil de encontrar.
- Pitaya amarela: tem casca amarela e polpa branca. É menor e mais doce que as outras.
- Pitaya vermelha: apresenta polpa e casca vermelhas. Seu sabor é mais intenso e adocicado.
Todas elas são adaptáveis ao cultivo doméstico, mas a escolha da variedade depende do espaço disponível, do clima da região e da preferência pessoal quanto ao sabor e à aparência dos frutos. Vale lembrar que, como cactáceas, essas plantas têm boa resistência a períodos curtos de seca e demandam poucos cuidados diários.
Como plantar pitaya

Plantar pitaya em casa exige atenção a três fatores principais: solo, clima e rega. A boa notícia é que ela é uma planta resistente e se desenvolve bem com poucos recursos, desde que as condições básicas sejam respeitadas.
Solo
A pitaya prefere solos bem drenados, levemente ácidos (pH entre 5,5 e 6,5) e ricos em matéria orgânica. Antes de plantar, é ideal preparar o solo misturando terra vegetal, areia grossa e composto orgânico ou húmus de minhoca. Se for cultivar em vaso, escolha um recipiente grande (mínimo de 40 cm de profundidade) e com boa drenagem.
Clima
Como planta tropical, a pitaya se adapta melhor a climas quentes e úmidos. Ela gosta de sol pleno e precisa de pelo menos 6 horas de luz solar direta por dia. Regiões com temperaturas entre 18 °C e 30 °C são ideais para o cultivo. Em locais mais frios, é possível cultivar a pitaya em estufas ou protegida em ambientes ensolarados dentro de casa.
Rega
Por ser uma cactácea, a pitaya não precisa de regas frequentes. O ideal é manter o solo levemente úmido, mas nunca encharcado. Regue cerca de duas vezes por semana no verão e reduza para uma vez por semana no inverno, sempre observando a umidade do solo. O excesso de água pode causar o apodrecimento das raízes, então vale mais pecar pela falta do que pelo excesso.
Dicas para manter a planta saudável

Depois de plantada, a pitaya precisa de alguns cuidados simples para crescer forte e começar a produzir frutos em cerca de dois a três anos. Confira as principais dicas para manter a planta sempre saudável:
Estrutura de apoio: como é uma planta trepadeira, a pitaya precisa de suporte para crescer. Você pode usar estacas de madeira, cercas ou treliças. Uma técnica comum é usar um tronco vertical com uma “coroa” em cima, por onde os galhos se espalham.
Adubação regular: a cada dois meses, aplique adubo orgânico rico em fósforo e potássio para estimular a floração e frutificação. Evite excesso de nitrogênio, que estimula o crescimento das hastes, mas pode prejudicar a produção de frutos.
Poda de manutenção: para estimular a floração e facilitar a colheita, é importante podar os galhos mais antigos e manter a planta bem arejada. Retire também partes secas ou doentes sempre que identificar.
Proteção contra pragas: embora resistente, a pitaya pode sofrer com cochonilhas, pulgões e fungos em ambientes muito úmidos. Use soluções naturais como calda de fumo, óleo de neem ou até água com sabão neutro para combater infestações leves.
Polinização: algumas variedades de pitaya precisam de polinização cruzada (entre flores de plantas diferentes) para produzir frutos. Por isso, o ideal é cultivar mais de uma muda. Em ambientes internos ou onde não há insetos polinizadores, a polinização manual com um pincel pode ser necessária.
Quando e como colher os frutos
Com os cuidados certos, a pitaya começa a frutificar entre 18 e 36 meses após o plantio. A floração geralmente ocorre no verão, com flores grandes e brancas que se abrem à noite e duram apenas uma madrugada. Após a floração, os frutos se desenvolvem em cerca de 30 a 50 dias.
Você saberá que a pitaya está pronta para a colheita quando:
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A casca estiver bem colorida, vibrante e uniforme;
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As escamas (pontinhas da casca) começarem a secar levemente;
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O fruto ceder levemente à pressão dos dedos, como o abacate maduro.
A colheita deve ser feita com cuidado para não danificar os galhos. Use uma tesoura de poda ou faca afiada, cortando o caule próximo à base do fruto. Após a colheita, a pitaya pode ser consumida fresca, em sucos, sobremesas, saladas ou até em receitas mais criativas como sorvetes e geleias.
Com a planta bem estabelecida, é possível ter várias colheitas ao ano, especialmente nas regiões mais quentes. E o melhor: com o tempo, a própria planta gera novos brotos que podem ser replantados, expandindo seu cultivo de forma natural e econômica.
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