COS promove design circular com instalação de bioplástico na MDW19
O arquiteto francês Arthur Mamou-Mani montou uma estrutura com 700 tijolos de bioplástico no pátio de um palácio do século XVI
O arquiteto francês Arthur Mamou-Mani montou uma estrutura com 700 tijolos de bioplástico no pátio de um palácio do século XVI, como a instalação deste ano da semana de design de Milão para a marca de moda COS. Mamou-Mani – cujos projetos anteriores incluem um templo para o festival Burning Man – queria mostrar como o design pode fazer parte de uma economia mais circular, aproveitando o potencial de materiais renováveis e processos sustentáveis.
O resultado é uma estrutura paramétrica em grande escala composta de tijolos ecológicos modulares, cada um impresso em 3D a partir de uma mistura de ácido polilático (PLA) – um bioplástico totalmente compostável que é feito usando recursos renováveis – e madeira. Eles são mantidos juntos usando braçadeiras de PLA.
A instalação de 30 metros de comprimento, Conifera, foi exposta no pátio do Palazzo Isimbardi, em Milão, de 9 a 14 de abril, como parte da semana anual de design da cidade. Apenas rês cores se apresentam em toda a instalação, variando do branco para o laranja e o marrom. Os elementos translúcidos são de PLA na sua forma mais pura, enquanto as seções brancas contêm um pigmento, e as cores terrosas são obtidas da adição de polpa de madeira à mistura.
Mamou-Mani e sua equipe imprimiram todos os tijolos durante um período de dois meses usando quatro impressoras, com cada impressão demorando entre quatro e sete horas. Cada bio-tijolo tem uma estrutura treliçada para aproveitar ao máximo a resistência do material, mas também para permitir que a luz permeie a instalação.
Essa estrutura de treliça também confere à instalação de aparência delicada uma densidade inesperada. De acordo com Mamou-Mani, o material compartilha densidade semelhante à espuma, mas é capaz de suportar mais de duas toneladas de peso.
Ao contrário da instalação do COS do ano passado pelo artista americano Phillip K Smith III, que ocupava apenas o pátio do palácio, a Conifera se estende para o jardim, a fim de estabelecer um diálogo entre natureza, arquitetura e tecnologia.
A instalação leva o nome da árvore Conífera – cuja madeira foi usada para imprimir a estrutura. De acordo com Mamou-Mani, o design também foi inspirado nas pinhas encontradas nessas árvores, já que a forma de dois tijolos se assemelha à forma de um cone.