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CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja

A CASACOR SP celebrou o encerramento da 38ª edição com o reconhecimento aos melhores projetos do ano. Conheça os vencedores e confira como foi o evento!

Oferecimento de Atualizado em 28 jul 2025, 11h59 - Publicado em 28 jul 2025, 11h53

A CASACOR São Paulo anoiteceu em clima de festa na última sexta-feira (25). Elenco, staff e convidados se reuniram na Forneria Sao Paolo para celebrar o encerramento da 38ª edição da maior e mais completa mostra de arquitetura, arte, design de interiores e paisagismo das Américas. A noite foi arrematada pela entrega do Prêmio VEJA SP de Melhor Ambiente CASACOR – que, em sua quarta edição, selecionou e premiou os melhores projetos da edição em 14 categorias diferentes.

CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
(Adriana Barbosa/CASACOR)

A cerimônia de premiação foi conduzida por Arnaldo Lorençato, editor-executivo da Veja São Paulo, e teve participações de André Secchin, CEO da CASACOR, Livia Pedreira, Presidente do Conselho Curador, Cris Ferraz, Diretora de Relacionamento, e Pedro Ariel Santana, Diretor de Relacionamento e Conteúdo de CASACOR.

Projetos vencedores

CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
Mauricio Arruda, vencedor da categoria Casa, e André Secchin, CEO de CASACOR. (Adriana Barbosa/CASACOR)

Nas últimas semanas, uma equipe de jurados visitou e elegeu os melhores projetos nas categorias Living, Cozinha Integrada ou Esapço Gourmet, Casa, Espaço Comercial, Banheiros e Lavabos, Paisagismo, Loft ou Estúdio, Ilha de Bem-Estar e Lounge, Instalações de Arte e Arquitetura, Uso de Obra de Arte, Hall ou Espaço de Circulação, Quarto, Bar ou Adega, Banheiro Público dentre os 73 ambientes da CASACOR São Paulo 2025.

CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
O escritório Frezza & Figueiredo foi vencedor na categoria Hall ou Espaço de Circulação. (Adriana Barbosa/CASACOR)

Conheça a equipe de jurados:

  • Alex Hanazaki, paisagista e elenco CASACOR SP
  • Arthur Casas, arquiteto e elenco CASACOR SP
  • Jader Almeida, designer
  • Larissa Januário, apresentadora
  • Mel Kawahara, designer de luminárias
  • Patrícia Motta, editora e produtora de arte
  • Raquel Schenkman, arquiteta, pesquisadora e presidente do IAB
  • Sig Bergamin, arquiteto e elenco CASACOR SP
  • Winnie Bastian, arquiteta e jornalista
  • Wladimir Cardoso, artista visual e diretor de arte

A seguir, confira os projetos vencedores da 4ª edição do Prêmio VEJA SP de Melhor Ambiente CASACOR:

Living

Dado Castello Branco Arquitetura - Living do Colecionador. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Dado Castello Branco Arquitetura – Living do Colecionador. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Fran Parente/CASACOR)

O arquiteto Guilherme Castello Branco entabulou uma parceria com o pai, Dado, na concepção deste living com vista para o parque. O projeto faz valer suas dimensões generosas: são 103 m², quase 5 m de pé-direito, grandes janelas e dois espaços de estar, além de uma copa com bar. Como peça-chave para abrigar o acervo de um colecionador, a estante de madeira se estende até o teto, onde há outro refinamento: o forro abaulado, iluminado em todo o perímetro para ressaltar a superfície arredondada. Na área de servir, a marcenaria exibe lajotas cerâmicas inseridas em sua estrutura.

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Cozinha Integrada ou Espaço Gourmet

Armentano Arquitetura - Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Armentano Arquitetura – Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/CASACOR)

A cooperação consolidada no Parque da Água Branca pela feira de agricultura orgânica embasou a pensata do escritório de João Armentano. O projeto de 253 m² integra hospitalidade sofisticada com o conforto do lar, reinterpretando em diferentes patamares os diversos usos da cozinha – especialmente aqueles ligados à sociabilidade. O acesso acontece por um túnel que leva a uma plataforma elevada com vista para o verde. Ali, nove janelões revelam a copa das árvores. O nível intermediário engloba o bar e a grande bancada. Por fim, ligeiramente rebaixado, o estar acessa a varanda, que abriga a horta.

Casa

Maurício Arruda - Casa Coral – Cores do Parque. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Maurício Arruda – Casa Coral – Cores do Parque. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)

Os nove tons que colorem esta casa de 141 m² dialogam com pigmentos das árvores do Parque da Água Branca. Para defini-los, o arquiteto contou com a ajuda da pesquisadora Maibe Maroccolo, que fez um mapeamento da área, e, a partir dele, relacionou as nuances naturais com a cartela de tintas da Coral. “O principal objetivo é despertar um novo olhar para a vegetação e a beleza que já nos cerca”, explica Maurício. A ambiência é 100% brasileira: peças antigas, design contemporâneo e arte popular celebram nossas raízes e pautam a troca entre tradição e inovação. Materiais reaproveitados estão em evidência, a exemplo da pedra usada na bancada da cozinha, que era uma sobra da marmoraria.

Espaço Comercial

Studio Otto Felix - bar, speakeasy. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Studio Otto Felix – bar, speakeasy. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado/CASACOR)

Da reinterpretação dos bares secretos que surgiram nos anos 1920 durante a Lei Seca nos Estados Unidos nasceu este speakeasy de 135 m². Com desenvoltura, o arquiteto mistura referências da belle époque e do art nouveau neste lugar escondido, porém marcante, com salão principal, dois banheiros e cozinha. O balcão de madeira maciça com tampo de mármore é o cerne do ambiente. Para o décor, o escritório desenvolveu o papel de parede e a banqueta TT. A iluminação indireta gera um clima cênico e intimista.

Banheiros e Lavabos

Marina Linhares Interiores - Alquimia do Morar Portinari. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Marina Linhares Interiores – Alquimia do Morar Portinari. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado/MCA Estúdio/CASACOR)

O encontro entre tecnologia, afeto e ancestralidade marca a casa de 225 m² que a designer de interiores montou em parceria com a Portinari para apresentar a recém-lançada coleção de revestimentos com sua assinatura. A brasilidade se faz presente na linha que remete à textura rugosa das antigas construções de bairro, chamada Petra Taipa – suporte, no estar, para a arte têxtil de Norberto Nicola. Já o brilho dos metais ganha sutileza na Petra Bronze. Quanto ao décor, o modernismo dos anos 1970 dita este manifesto sobre o habitar, pensado para moradores cosmopolitas.

Paisagismo

Elkis+ Paisagismo - Jardim Tropical. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Elkis+ Paisagismo – Jardim Tropical. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Carolina Mossin/CASACOR)

Um caminho sinuoso, pavimentado com piso drenante, abre passagem pelo bosque, enriquecido pelo escritório paulistano comandado por Caroline e Gilberto Elkis. A composição botânica soma mais de dez espécies tropicais, entre as quais estão alpínia, areca, asplênio, pleomele, ravenala e outras tantas forrações de menor porte que dão forma ao projeto de cerca de 400 m² repleto de texturas, perfumes e cores. Prepare-se para cruzar com uma vaca nelore de aço corten em tamanho real, bem-humorada escultura de Rapha Preto.

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Loft ou Estúdio

PN+ | Paula Neder - Loft Alvorá. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
PN+ | Paula Neder – Loft Alvorá. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)

O loft se tinge de tons entre o nude e o rosa, festejando o frescor da manhã e a expectativa de um novo dia que vem com a alvorada. As cores desenham uma atmosfera delicada, reforçada por texturas na parede, tecidos leves e materiais naturais, como pedra, madeira e tramas artesanais. Trata-se de um abrigo para os sonhos e a poesia do despertar, onde tudo se conecta: cozinha, estar, jantar, quarto, closet e banheiro dividem os 72 m². Pensado para uma mulher contemporânea ligada em moda e arte têxtil, o projeto contempla obras como a tapeçaria suspensa que funciona como divisória, da designer mineira Ana Vaz, e os organdis tingidos pela francesa Ysabel de Maisonneuve.

Ilhas de Bem-Estar e Lounge

Gleuse Ferreira Arquitetura - Meu Verde, Meu Sertão. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Gleuse Ferreira Arquitetura – Meu Verde, Meu Sertão. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (MCA Estúdio/CASACOR)

A proposta da bilheteria, na qual a paisagem do interior nordestino encontra o design sofisticado, veio da arquiteta que carrega muita história em si mesma – Gleuse é bisneta de Lampião e Maria Bonita. Na área de 89 m², seu querido sertão se transfigura em sentimento, memória e força criativa. Em tom terracota, o piso cimentício merece atenção, bem como os três móbiles de ferro do artista José Munhoz. Atrás do sofá, outra arte digna de nota é o painel de MDF colorido assinado por Marcelo Eco. “Este ambiente brota do desejo de reconectar o homem à terra e à potência de transformar o árido em poesia”, resume a profissional.

Instalações de Arte e Arquitetura

CASACOR São Paulo 2025.
Instalação Aterradora Liberdade, por Regina Parra, na CASACOR São Paulo 2025. (Adriana Barbosa/CASACOR)

A paulistana Regina Parra comparece com uma instalação exclusiva, com mais de 2 m de altura, que carrega o enunciado Aterradora Liberdade. O trecho foi extraído do romance A Paixão Segundo G.H. (Rocco), em que a personagem de Clarice Lispector atravessa uma crise existencial. Inicialmente mais conhecida pelas pinturas focadas na anatomia feminina, a artista multidisciplinar passou a utilizar o neon a partir da vontade de dar corpo a algumas frases que a marcavam. O contato com o texto de Clarice aconteceu durante a pandemia, e a expressão que compõe o display gigante a acompanhou ao longo dos últimos cinco anos. “Eu tento deixar as palavras me perseguirem por um tempo e decantarem”, revela. O convite da CASACOR trouxe a oportunidade para resgatá-las e, por meio delas, posicionar mais uma vez sua subjetividade num espaço público, conectando as pessoas em torno de sentimentos compartilhados. No caso de Aterradora Liberdade, o axioma traduz o susto decorrente de uma autonomia alcançada, com todas as suas possibilidades em aberto.

Uso de Obra de Arte

Armentano Arquitetura - Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Armentano Arquitetura – Entre Copas Deca. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/CASACOR)

A cooperação consolidada no Parque da Água Branca pela feira de agricultura orgânica embasou a pensata do escritório de João Armentano. O projeto de 253 m² integra hospitalidade sofisticada com o conforto do lar, reinterpretando em diferentes patamares os diversos usos da cozinha – especialmente aqueles ligados à sociabilidade. O acesso acontece por um túnel que leva a uma plataforma elevada com vista para o verde. Ali, nove janelões revelam a copa das árvores. O nível intermediário engloba o bar e a grande bancada. Por fim, ligeiramente rebaixado, o estar acessa a varanda, que abriga a horta.

Hall ou Espaço de Circulação

Frezza & Figueiredo Arquitetura e Interiores - Amado Hotel. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Frezza & Figueiredo Arquitetura e Interiores – Amado Hotel. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Carolina Mossin/CASACOR)

Antenados com o movimento de revitalizar imóveis antigos de forma criativa e sustentável, o designer de interiores Fabricio Frezza e o arquiteto Gabriel Figueiredo propõem um lobby de hotel butique na área de circulação de 49 m² com recepção, galerias, lounge, bar e hall com vista para o parque. A fim de dialogar com o prédio e a natureza, apostaram numa decoração balizada por memórias afetivas, com peças provenientes de antiquários e feiras, além de uma detalhada curadoria de obras de arte, tecidos, objetos e móveis contemporâneos. “Semeamos perspectivas ao retomar o passado para entender nossas raízes e projetar novos sonhos”, diz Fabricio.

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Quarto

Bruno Carvalho - Casa Toushi Duratex. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Bruno Carvalho – Casa Toushi Duratex. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Denilson Machado, do MCA Estúdio/CASACOR)

Trazer à tona um novo entendimento sobre a história dos povos da China por meio de símbolos da cultura e do morar é o intuito deste projeto de 176 m². Para isso, o arquiteto considerou elementos como equilíbrio, espiritualidade, memória e delicadeza num layout setorizado em living, casa de chá, quarto e banho. O maior chamariz fica no teto: uma estrutura de MDF homenageia as volumetrias acentuadas da arquitetura asiática. Além disso, o profissional reinterpreta os tradicionais painéis chineses (que utilizam o papel conhecido como toushi), montados com o lançamento Duratex You. Madeira e pedra jade, associadas a resistência e proteção, complementam a materialidade.

Bar ou Adega

Dado Castello Branco Arquitetura - Living do Colecionador. Projeto da CASACOR São Paulo 2025.
Dado Castello Branco Arquitetura – Living do Colecionador. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/CASACOR)

O arquiteto Guilherme Castello Branco entabulou uma parceria com o pai, Dado, na concepção deste living com vista para o parque. O projeto faz valer suas dimensões generosas: são 103 m², quase 5 m de pé-direito, grandes janelas e dois espaços de estar, além de uma copa com bar. Como peça-chave para abrigar o acervo de um colecionador, a estante de madeira se estende até o teto, onde há outro refinamento: o forro abaulado, iluminado em todo o perímetro para ressaltar a superfície arredondada. Na área de servir, a marcenaria exibe lajotas cerâmicas inseridas em sua estrutura.

Banheiro Público

Fichberg Arquitetura e Interiores - Déjà Vu. Os sócios Eloy e Felipe Fichberg combinam memórias do estilo art nouveau com a exuberância da fauna, flora e cultura brasileiras em um recanto contemplativo de 49 m². Na área do banheiro, chamam a atenção os vitrais que retratam povos indígenas e a Mata Atlântica. Já o piso de mosaico, produzido com porcelanato reutilizado, exibe figuras de frutas tropicais, como cacau, açaí, abacaxi, jabuticaba e caju. Na sala, os profissionais fazem uma ponte entre passado e presente com a mistura de móveis clássicos e exemplares de design contemporâneo. Uma reflexão sobre representatividade feminina vem à tona por meio da obra da artista Silvana Mendes.
Fichberg Arquitetura e Interiores – Déjà Vu. Projeto da CASACOR São Paulo 2025. (Bia Nauiack/Divulgação)

Os sócios Eloy e Felipe Fichberg combinam memórias do estilo art nouveau com a exuberância da fauna, flora e cultura brasileiras em um recanto contemplativo de 49 m². Na área do banheiro, chamam a atenção os vitrais que retratam povos indígenas e a Mata Atlântica. Já o piso de mosaico, produzido com porcelanato reutilizado, exibe figuras de frutas tropicais, como cacau, açaí, abacaxi, jabuticaba e caju. Na sala, os profissionais fazem uma ponte entre passado e presente com a mistura de móveis clássicos e exemplares de design contemporâneo. Uma reflexão sobre representatividade feminina vem à tona por meio da obra da artista Silvana Mendes.

Selo de acessibilidade

CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
(Adriana Barbosa/CASACOR)

A noite contou ainda com a entrega do Selo de Acessibilidade pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), que assegura acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, pelo terceiro ano consecutivo. Para receber o Selo de Acessibilidade, a CASACOR São Paulo passou por uma avaliação realizada por engenheiros, arquitetos, pessoas com deficiência e membros da CPA. A mostra ainda contou com a consultoria da arquiteta Silvana Cambiaghi, que coordenou a análise técnica do circuito desde o início para garantir que o percurso da CASACOR São Paulo seja inteiramente acessível.

Anuários personalizados

CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
Paloma Bresolin e Nicholas Oher da OHMA Design. (Adriana Barbosa/CASACOR)

Por fim, a CASACOR São Paulo celebrou a participação dos arquitetos, designers de interiores e paisagistas do elenco com a entrega de uma capa personalizada do anuário com cada um dos ambientes da mostra – um gesto de agradecimento que encerra uma edição de sucesso e grandes conquistas.

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