CASACOR São Paulo encerra edição 2025 com entrega do Prêmio Veja
A CASACOR SP celebrou o encerramento da 38ª edição com o reconhecimento aos melhores projetos do ano. Conheça os vencedores e confira como foi o evento!

A CASACOR São Paulo anoiteceu em clima de festa na última sexta-feira (25). Elenco, staff e convidados se reuniram na Forneria Sao Paolo para celebrar o encerramento da 38ª edição da maior e mais completa mostra de arquitetura, arte, design de interiores e paisagismo das Américas. A noite foi arrematada pela entrega do Prêmio VEJA SP de Melhor Ambiente CASACOR – que, em sua quarta edição, selecionou e premiou os melhores projetos da edição em 14 categorias diferentes.

A cerimônia de premiação foi conduzida por Arnaldo Lorençato, editor-executivo da Veja São Paulo, e teve participações de André Secchin, CEO da CASACOR, Livia Pedreira, Presidente do Conselho Curador, Cris Ferraz, Diretora de Relacionamento, e Pedro Ariel Santana, Diretor de Relacionamento e Conteúdo de CASACOR.
Projetos vencedores

Nas últimas semanas, uma equipe de jurados visitou e elegeu os melhores projetos nas categorias Living, Cozinha Integrada ou Esapço Gourmet, Casa, Espaço Comercial, Banheiros e Lavabos, Paisagismo, Loft ou Estúdio, Ilha de Bem-Estar e Lounge, Instalações de Arte e Arquitetura, Uso de Obra de Arte, Hall ou Espaço de Circulação, Quarto, Bar ou Adega, Banheiro Público dentre os 73 ambientes da CASACOR São Paulo 2025.

Conheça a equipe de jurados:
- Alex Hanazaki, paisagista e elenco CASACOR SP
- Arthur Casas, arquiteto e elenco CASACOR SP
- Jader Almeida, designer
- Larissa Januário, apresentadora
- Mel Kawahara, designer de luminárias
- Patrícia Motta, editora e produtora de arte
- Raquel Schenkman, arquiteta, pesquisadora e presidente do IAB
- Sig Bergamin, arquiteto e elenco CASACOR SP
- Winnie Bastian, arquiteta e jornalista
- Wladimir Cardoso, artista visual e diretor de arte
A seguir, confira os projetos vencedores da 4ª edição do Prêmio VEJA SP de Melhor Ambiente CASACOR:
Living

O arquiteto Guilherme Castello Branco entabulou uma parceria com o pai, Dado, na concepção deste living com vista para o parque. O projeto faz valer suas dimensões generosas: são 103 m², quase 5 m de pé-direito, grandes janelas e dois espaços de estar, além de uma copa com bar. Como peça-chave para abrigar o acervo de um colecionador, a estante de madeira se estende até o teto, onde há outro refinamento: o forro abaulado, iluminado em todo o perímetro para ressaltar a superfície arredondada. Na área de servir, a marcenaria exibe lajotas cerâmicas inseridas em sua estrutura.
Cozinha Integrada ou Espaço Gourmet

A cooperação consolidada no Parque da Água Branca pela feira de agricultura orgânica embasou a pensata do escritório de João Armentano. O projeto de 253 m² integra hospitalidade sofisticada com o conforto do lar, reinterpretando em diferentes patamares os diversos usos da cozinha – especialmente aqueles ligados à sociabilidade. O acesso acontece por um túnel que leva a uma plataforma elevada com vista para o verde. Ali, nove janelões revelam a copa das árvores. O nível intermediário engloba o bar e a grande bancada. Por fim, ligeiramente rebaixado, o estar acessa a varanda, que abriga a horta.
Casa

Os nove tons que colorem esta casa de 141 m² dialogam com pigmentos das árvores do Parque da Água Branca. Para defini-los, o arquiteto contou com a ajuda da pesquisadora Maibe Maroccolo, que fez um mapeamento da área, e, a partir dele, relacionou as nuances naturais com a cartela de tintas da Coral. “O principal objetivo é despertar um novo olhar para a vegetação e a beleza que já nos cerca”, explica Maurício. A ambiência é 100% brasileira: peças antigas, design contemporâneo e arte popular celebram nossas raízes e pautam a troca entre tradição e inovação. Materiais reaproveitados estão em evidência, a exemplo da pedra usada na bancada da cozinha, que era uma sobra da marmoraria.
Espaço Comercial

Da reinterpretação dos bares secretos que surgiram nos anos 1920 durante a Lei Seca nos Estados Unidos nasceu este speakeasy de 135 m². Com desenvoltura, o arquiteto mistura referências da belle époque e do art nouveau neste lugar escondido, porém marcante, com salão principal, dois banheiros e cozinha. O balcão de madeira maciça com tampo de mármore é o cerne do ambiente. Para o décor, o escritório desenvolveu o papel de parede e a banqueta TT. A iluminação indireta gera um clima cênico e intimista.
Banheiros e Lavabos

O encontro entre tecnologia, afeto e ancestralidade marca a casa de 225 m² que a designer de interiores montou em parceria com a Portinari para apresentar a recém-lançada coleção de revestimentos com sua assinatura. A brasilidade se faz presente na linha que remete à textura rugosa das antigas construções de bairro, chamada Petra Taipa – suporte, no estar, para a arte têxtil de Norberto Nicola. Já o brilho dos metais ganha sutileza na Petra Bronze. Quanto ao décor, o modernismo dos anos 1970 dita este manifesto sobre o habitar, pensado para moradores cosmopolitas.
Paisagismo

Um caminho sinuoso, pavimentado com piso drenante, abre passagem pelo bosque, enriquecido pelo escritório paulistano comandado por Caroline e Gilberto Elkis. A composição botânica soma mais de dez espécies tropicais, entre as quais estão alpínia, areca, asplênio, pleomele, ravenala e outras tantas forrações de menor porte que dão forma ao projeto de cerca de 400 m² repleto de texturas, perfumes e cores. Prepare-se para cruzar com uma vaca nelore de aço corten em tamanho real, bem-humorada escultura de Rapha Preto.
Loft ou Estúdio

O loft se tinge de tons entre o nude e o rosa, festejando o frescor da manhã e a expectativa de um novo dia que vem com a alvorada. As cores desenham uma atmosfera delicada, reforçada por texturas na parede, tecidos leves e materiais naturais, como pedra, madeira e tramas artesanais. Trata-se de um abrigo para os sonhos e a poesia do despertar, onde tudo se conecta: cozinha, estar, jantar, quarto, closet e banheiro dividem os 72 m². Pensado para uma mulher contemporânea ligada em moda e arte têxtil, o projeto contempla obras como a tapeçaria suspensa que funciona como divisória, da designer mineira Ana Vaz, e os organdis tingidos pela francesa Ysabel de Maisonneuve.
Ilhas de Bem-Estar e Lounge

A proposta da bilheteria, na qual a paisagem do interior nordestino encontra o design sofisticado, veio da arquiteta que carrega muita história em si mesma – Gleuse é bisneta de Lampião e Maria Bonita. Na área de 89 m², seu querido sertão se transfigura em sentimento, memória e força criativa. Em tom terracota, o piso cimentício merece atenção, bem como os três móbiles de ferro do artista José Munhoz. Atrás do sofá, outra arte digna de nota é o painel de MDF colorido assinado por Marcelo Eco. “Este ambiente brota do desejo de reconectar o homem à terra e à potência de transformar o árido em poesia”, resume a profissional.
Instalações de Arte e Arquitetura

A paulistana Regina Parra comparece com uma instalação exclusiva, com mais de 2 m de altura, que carrega o enunciado Aterradora Liberdade. O trecho foi extraído do romance A Paixão Segundo G.H. (Rocco), em que a personagem de Clarice Lispector atravessa uma crise existencial. Inicialmente mais conhecida pelas pinturas focadas na anatomia feminina, a artista multidisciplinar passou a utilizar o neon a partir da vontade de dar corpo a algumas frases que a marcavam. O contato com o texto de Clarice aconteceu durante a pandemia, e a expressão que compõe o display gigante a acompanhou ao longo dos últimos cinco anos. “Eu tento deixar as palavras me perseguirem por um tempo e decantarem”, revela. O convite da CASACOR trouxe a oportunidade para resgatá-las e, por meio delas, posicionar mais uma vez sua subjetividade num espaço público, conectando as pessoas em torno de sentimentos compartilhados. No caso de Aterradora Liberdade, o axioma traduz o susto decorrente de uma autonomia alcançada, com todas as suas possibilidades em aberto.
Uso de Obra de Arte

A cooperação consolidada no Parque da Água Branca pela feira de agricultura orgânica embasou a pensata do escritório de João Armentano. O projeto de 253 m² integra hospitalidade sofisticada com o conforto do lar, reinterpretando em diferentes patamares os diversos usos da cozinha – especialmente aqueles ligados à sociabilidade. O acesso acontece por um túnel que leva a uma plataforma elevada com vista para o verde. Ali, nove janelões revelam a copa das árvores. O nível intermediário engloba o bar e a grande bancada. Por fim, ligeiramente rebaixado, o estar acessa a varanda, que abriga a horta.
Hall ou Espaço de Circulação

Antenados com o movimento de revitalizar imóveis antigos de forma criativa e sustentável, o designer de interiores Fabricio Frezza e o arquiteto Gabriel Figueiredo propõem um lobby de hotel butique na área de circulação de 49 m² com recepção, galerias, lounge, bar e hall com vista para o parque. A fim de dialogar com o prédio e a natureza, apostaram numa decoração balizada por memórias afetivas, com peças provenientes de antiquários e feiras, além de uma detalhada curadoria de obras de arte, tecidos, objetos e móveis contemporâneos. “Semeamos perspectivas ao retomar o passado para entender nossas raízes e projetar novos sonhos”, diz Fabricio.
Quarto

Trazer à tona um novo entendimento sobre a história dos povos da China por meio de símbolos da cultura e do morar é o intuito deste projeto de 176 m². Para isso, o arquiteto considerou elementos como equilíbrio, espiritualidade, memória e delicadeza num layout setorizado em living, casa de chá, quarto e banho. O maior chamariz fica no teto: uma estrutura de MDF homenageia as volumetrias acentuadas da arquitetura asiática. Além disso, o profissional reinterpreta os tradicionais painéis chineses (que utilizam o papel conhecido como toushi), montados com o lançamento Duratex You. Madeira e pedra jade, associadas a resistência e proteção, complementam a materialidade.
Bar ou Adega

O arquiteto Guilherme Castello Branco entabulou uma parceria com o pai, Dado, na concepção deste living com vista para o parque. O projeto faz valer suas dimensões generosas: são 103 m², quase 5 m de pé-direito, grandes janelas e dois espaços de estar, além de uma copa com bar. Como peça-chave para abrigar o acervo de um colecionador, a estante de madeira se estende até o teto, onde há outro refinamento: o forro abaulado, iluminado em todo o perímetro para ressaltar a superfície arredondada. Na área de servir, a marcenaria exibe lajotas cerâmicas inseridas em sua estrutura.
Banheiro Público

Os sócios Eloy e Felipe Fichberg combinam memórias do estilo art nouveau com a exuberância da fauna, flora e cultura brasileiras em um recanto contemplativo de 49 m². Na área do banheiro, chamam a atenção os vitrais que retratam povos indígenas e a Mata Atlântica. Já o piso de mosaico, produzido com porcelanato reutilizado, exibe figuras de frutas tropicais, como cacau, açaí, abacaxi, jabuticaba e caju. Na sala, os profissionais fazem uma ponte entre passado e presente com a mistura de móveis clássicos e exemplares de design contemporâneo. Uma reflexão sobre representatividade feminina vem à tona por meio da obra da artista Silvana Mendes.
Selo de acessibilidade

A noite contou ainda com a entrega do Selo de Acessibilidade pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), que assegura acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, pelo terceiro ano consecutivo. Para receber o Selo de Acessibilidade, a CASACOR São Paulo passou por uma avaliação realizada por engenheiros, arquitetos, pessoas com deficiência e membros da CPA. A mostra ainda contou com a consultoria da arquiteta Silvana Cambiaghi, que coordenou a análise técnica do circuito desde o início para garantir que o percurso da CASACOR São Paulo seja inteiramente acessível.
Anuários personalizados

Por fim, a CASACOR São Paulo celebrou a participação dos arquitetos, designers de interiores e paisagistas do elenco com a entrega de uma capa personalizada do anuário com cada um dos ambientes da mostra – um gesto de agradecimento que encerra uma edição de sucesso e grandes conquistas.