Todos os anos, a cada edição da mostra em São Paulo e nas praças franqueadas, a CASACOR assiste à construção e à desmontagem de pavilhões inteiros em seus espaços ao ar livre – casas completas, concebidas e erguidas exclusivamente para o evento por profissionais com atuação reconhecida no mercado e antenados com o jeito contemporâneo de morar. Agora, algumas dessas residências farão parte do portfólio do Arktop Casas, produto da construtora Wortsman Associados que visa atender à demanda por moradias de alto padrão com obra limpa e rápida. “No catálogo, os projetos com selo CASACOR ganharão destaque e aumentarão a cada ano, à medida que a diretoria do evento fizer a curadoria dos novos integrantes”, explica Fabrizio Wortsman, CEO da empresa.
Trata-se do primeiro licenciamento de marca da CASACOR. “Detectamos a oportunidade de multiplicar a ideia de que é possível ter uma boa arquitetura com sistemas construtivos ágeis, econômicos e com pouca geração de resíduos”, fala Livia Pedreira, diretora superintendente da marca. “Isso, além de gerar receita, está em sintonia com a política de sustentabilidade que implantamos em 2014”, diz ela.
Quatro escritórios assinam as primeiras casas do selo: Manarelli Guimarães Arquitetura (com a Cabana, presente no evento em 2018), Gustavo Neves, Léo Shehtman e Triart Arquitetura (todos convidados da edição deste ano). “Vamos oferecer tanto o projeto exposto na mostra quanto opções com variação de planta e acabamentos, que os arquitetos estão desenvolvendo”, adianta Fabrizio. Em comum, as propostas terão o sistema construtivo: steel frame modular, que sairá pronto da fábrica para uma montagem tipo “plug and play”, como define o CEO da empresa, em um prazo de até 120 dias.
A iniciativa preservará ideias originais dos arquitetos e poderá dar visibilidade a recursos pouco usuais em projetos de alto padrão, como o straw bale (fardo de feno utilizado como preenchimento do steel frame para isolamento térmico e acústico), piaçava e texturas fabricadas com material orgânico descartado, como tijolos e terra. Todos esses itens farão parte do espaço de Gustavo Neves. “Dou preferência a materiais que precisam de um novo destino. A piaçava, por exemplo, perdeu muito mercado, pois as vassouras agora empregam náilon. Não vejo por que não usá-la como revestimento. Ela é linda e muito resistente”, afirma. “Além disso, acho interessante levar o trabalho com valor artesanal para a escala industrial. Isso gera oportunidades e qualifica a cadeira produtiva”, completa ele.
Se o cliente desejar, poderá adquirir o pacote completo da casa, equipada inclusive com móveis e eletrodomésticos. “Fecharemos acordos com todos os fornecedores e parceiros dos arquitetos para oferecer uma casa pronta para morar. É só levar a mala e a roupa do corpo”, finaliza Fabrizio.