Casa do Baile discute participação de BH no movimento modernista
O evento busca apresentar o patrimônio histórico e artístico da cidade de BH por meio da leitura do modernismo brasileiro para além da discussão paulista
Para discutir sobre o protagonismo de Belo Horizonte na segunda geração do modernismo, nos dias 21 e 22 de janeiro de 2023, a Casa do Baile recebe o projeto ECOS – Modernismo Plural.
Gratuito, o evento, composto por palestras, mini talks, oficinas, intervenções urbanas e visitas mediadas ao complexo arquitetônico da Pampulha, objetiva demonstrar que o tema merece celebrações e reflexões contínuas e visa também potencializar o território da Pampulha enquanto Patrimônio da Humanidade.
O encontro busca apresentar aos interessados o patrimônio histórico e artístico de BH, por meio de uma possibilidade de leitura do modernismo brasileiro para além da discussão paulista, reivindicando o lugar de protagonismo de Belo Horizonte e a transversalidade do modernismo mineiro com a discussão nacional.
A Casa do Baile, local que vai sediar as discussões propostas pelo projeto, tem vocação específica: o espaço simboliza todos os eixos temáticos que norteiam o evento, como patrimônio histórico, artístico e cultural, arquitetura, crítica de arte, curadoria e a história das exposições.
O evento insere-se nas comemorações dos 80 anos do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha (inaugurado em 1943) e traz destaque especial para a Casa do Baile, epicentro do evento, que completou em 2023 seus 20 anos como Centro de Referência da Arquitetura, Urbanismo e Design.
“Muitos foram os desdobramentos do modernismo desde a Semana, mas pouco ainda se fala sobre a chegada da caravana modernista a ainda pacata Belo Horizonte de 1944, por meio de uma ação fomentada pelo então prefeito Juscelino Kubitscheck, onde reuniram-se na cidade os mais importantes artistas e intelectuais do período para conheceram o complexo da Pampulha e participarem da Exposição de Arte Moderna, que teve oito obras giletadas”, comentou Lucas Amorim, idealizador do projeto, historiador da arte e gestor cultural.
De acordo com ele, os modernistas – que foi a denominação para aqueles profissionais que “projetaram as novas artes”, considerada na época como moderna – foram inspirados e legitimados por noções específicas de nação, identidade, memória, arte e arquitetura.