10 poltronas icônicas que os arquitetos da CASACOR amam
Poltronas clássicas de designers renomados ganham, todos os anos, o espaço para brilhar nas mostras da CASACOR. Conheça algumas delas!
Quem acompanha a CASACOR há um tempo, já deve ter reparado: sempre tem uma peça ou outra que se torna figurinha carimbada nas mostras. E não é à toa que os arquitetos e designers do elenco escolhem essas peças em específico para seus ambientes – clássicas, elas são designs que, por si só, já contam história.
Um exemplo é a Poltrona Jangada, do mestre Jean Gillon, que ganhou um cantinho só para ela no espaço de Gabriel Bordin (acima). A peça é um marco no design brasileiro e seu traço revolucionário – que traz o náilon em rede, o Jacarandá maciço e o couro em sua composição – transformou para sempre os rumos do design.
Abaixo, separamos outras nove poltronas que você já deve ter visto na CASACOR, mas talvez não saiba sua história. Nomes como Sergio Rodrigues, Lina Bo Bardi e Oscar Niemeyer estão na seleção. Confira!
A Poltrona Alta, de Oscar Niemeyer
Criada nos anos 1970, a Poltrona Alta é um ícone do design brasileiro, uma peça inesquecível que marca a história do modernismo no país. Desenhada por Oscar Niemeyer e sua filha, Anna Maria, a poltrona tem um design único, cujo ponto principal é a curva que sai da base e alcança o encosto.
A Cadeira com Bola de Latão, de Lina Bo Bardi
Design exclusivo, apenas seis peças da Cadeira com Bola de Latão foram produzidas em 1951, ano de sua criação, para integrar a histórica Casa de Vidro. Desenho original de Lina Bo Bardi, a poltrona é caracterizada pelo ferro, o couro e as duas esferas de latão que conferem à ela um forte caráter cenográfico.
A poltrona Mole, de Sergio Rodrigues
Talvez uma das peças mais famosas quando se trata de mobiliário autêntico brasileiro, a Poltrona Mole, criada em 1957 por Sergio Rodrigues, como o próprio nome sugere, conquistou o mercado nacional e internacional pelo conforto do estofado de couro natural. Inovadora, a peça ia na contramão das diretrizes da Bauhaus, famosa pelo mote “menos é mais”. Hoje, ela é considerada um dos 30 assentos mais importantes do mundo. A poltrona Mole também faz parte da coleção permanente do MoMA (Museu de Arte Moderna) de Nova York.
A cadeira Windsor, de Jader Almeida
Inspirada na Cadeira Windsor, criada no Reino Unido no século 18, a cadeira de Jader Almeida reinterpreta uma peça de mobília clássica, dita como uma das primeiras a ser confeccionada nas colônias inglesas da América do Norte. De madeira maciça, a peça de Jader recebeu diversos prêmios e reconhecimentos, como o IF Design Award 2020.
A Poltrona Tonico, de Sergio Rodrigues
Pensada para ser um móvel popular, a Poltrona Tonico é repleta de referências a outras peças de Sergio Rodrigues, como a poltrona Chifruda e a Mole. Sua criação remonta aos tempos da Oca e da Meia Pataca, empresas fundadas pelo designer entre 1950 e 1960. Com linhas retas e muito distintas, seu design é fundamentado no conforto, com o objetivo de simplificar o processo de fabricação.
Poltrona Benjamin, de Gustavo Bittencourt
Conhecido por valorizar peças de design feitas à mão, com matéria prima de qualidade, em especial a madeira, Gutavo Bittencourt desenhou a Poltrona Benjamin em 2018. Estruturada em madeira e metal, a cadeira Benjamim é feita com assento e encosto em palha natural tecida à mão, além de um otomano acompanhante em estilo semelhante.
A Chaise Rio, de Oscar Niemeyer
Desenvolvida nos anos 1970, a Chaise Rio foi criada a partir da urgência sentida por Oscar Niemeyer em desenvolver peças de mobiliário em consonância com a produção arquitetônica do período. Suas curvas surpreendentes tiveram inspiração nas paisagens naturais do Brasil, e em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, a partir da qual foi nomeada.
A Poltrona Chifruda, de Sergio Rodrigues
Feita em jacarandá maciço e couro, a Poltrona Chifruda chama a atenção por seu design inusitado: o grande encosto de cabeça com formato acentuado é uma brincadeira de Sergio Rodrigues com os chifres da cultura viking – daí seu nome. A peça foi feita em 1962 para uma exposição na OCA – loja do próprio Rodrigues – cujo tema era “o móvel como obra de arte”.
A Poltrona N, de José Zanine Caldas
O design da Poltrona N, com linhas retas e angulosas, ganhou grande destaque na mídia internacional na década de 1950, quando foi produzida. Sua estrutura em madeira maciça e pau marfim revela o traço inconfundível de Zanine e suas dimensões reduzidas são características da época.