A iluminação escultural ganhou destaque no design de interiores contemporâneo por unir função e estética em um único elemento. Mais do que apenas clarear os ambientes, essas peças têm o poder de atrair o olhar, criar atmosferas sofisticadas e expressar o estilo dos moradores. Com formas ousadas, materiais inusitados e um impacto visual que rivaliza com obras de arte, elas assumem protagonismo nos espaços onde são inseridas.

Seu diferencial está na expressividade: não se trata apenas de uma luminária, mas de um elemento escultural que ocupa o espaço com personalidade. Seja pendente, de piso, de parede ou de mesa, a iluminação escultural amplia o potencial decorativo de qualquer ambiente, contribuindo para composições ricas em textura, sombra e luz.

Mais do que tendência, ela representa um novo olhar sobre o papel da luz dentro de casa. Em vez de se esconder ou se limitar a ser funcional, a iluminação passa a ser um ponto focal, capaz de despertar emoções, valorizar volumes arquitetônicos e adicionar poesia à rotina.
Por isso, entender seus tipos, como usá-la em cada ambiente e quais nomes estão por trás dessas criações é essencial para quem busca uma decoração de impacto.
Tipos de luminárias esculturais

As luminárias esculturais aparecem em diversos formatos e propostas. Algumas se destacam pela imponência, outras pela delicadeza do traço ou pelo material inusitado. A seguir, veja os principais tipos e suas características:
Pendentes esculturais
São os mais reconhecíveis por seu apelo visual. Ideais para salas de jantar, halls de entrada e ambientes com pé-direito alto, funcionam como verdadeiros elementos centrais da decoração. Com formas orgânicas, assimétricas ou geométricas, essas luminárias impactam tanto de dia quanto à noite, quando a luz acentua suas curvas e volumes.

Arandelas artísticas
Instaladas nas paredes, essas peças funcionam como esculturas iluminadas. Valorizam superfícies verticais, criam efeitos de luz indireta e podem transformar um corredor ou um quarto simples em um espaço com identidade. São também ótimas aliadas em composições que exigem iluminação funcional sem abrir mão da estética.
Abajures esculturais
Ideais para mesas laterais, aparadores ou mesas de cabeceira, os abajures com design expressivo trazem beleza em escala reduzida. Cúpulas inusitadas, bases assimétricas e uso de materiais como concreto, pedra ou cerâmica artesanal garantem sua força decorativa mesmo em ambientes menores.

Luminárias de piso
Além de práticas, pois podem ser movimentadas conforme a necessidade, essas luminárias adicionam impacto visual quando têm design marcante. São perfeitas para cantos de leitura, próximos a poltronas ou como contraponto escultórico em salas amplas. A versatilidade é sua grande vantagem.
Modelos de trilho ou embutidos com design
Ainda que menos chamativos, há luminárias técnicas com traços esculturais que combinam bem com propostas minimalistas. Perfis curvos, peças com acabamento sofisticado e soluções criativas para spots e embutidos tornam possível unir discrição e personalidade.
Esses diferentes formatos oferecem possibilidades diversas para valorizar ambientes com arte e luz. A escolha certa depende do efeito desejado: se o objetivo for chamar atenção, um pendente ousado é ideal; se for adicionar poesia aos detalhes, arandelas e abajures cumprem esse papel com elegância.
Como escolher para cada espaço

A escolha da iluminação escultural ideal para cada ambiente deve levar em conta tanto a estética quanto a funcionalidade. Para facilitar, reunimos abaixo algumas orientações práticas divididas por espaços da casa:
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Sala de estar:
Aposte na composição de diferentes fontes de luz. Um pendente escultural no centro do ambiente pode ser combinado com luminárias de piso ao lado de sofás e arandelas nas paredes. Essa variedade cria uma atmosfera acolhedora e destaca volumes e texturas da decoração.

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Sala de jantar:
Os pendentes sobre a mesa são os protagonistas. O ideal é escolher modelos que forneçam luz direta e difusa ao mesmo tempo, evitando sombras duras. Materiais como vidro leitoso ou acrílico são ótimos para garantir conforto visual. Aqui, a funcionalidade deve caminhar junto com o impacto estético. -
Cozinha:
Iluminação escultural pode ser usada sobre a ilha ou bancada. Prefira modelos que ofereçam boa luminosidade para as tarefas do dia a dia, mas que também sirvam como ponto focal visual. Pendentes com linhas modernas e design marcante trazem dinamismo ao espaço.

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Banheiro:
Embora seja um espaço mais técnico, é possível incorporar design com arandelas ou pendentes próximos ao espelho. O importante é garantir que a peça tenha proteção contra umidade. O uso de uma luminária escultural pode adicionar um toque de sofisticação inesperado.Continua após a publicidade
- Quarto:
Prefira peças que favoreçam a sensação de acolhimento. Arandelas ao lado da cama são práticas e liberam espaço nos criados-mudos. Também é possível usar pendentes delicados ou luminárias de piso com luz indireta e temperatura de cor quente. A conforto visual é essencial neste ambiente.

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Ambientes pequenos ou com pé-direito baixo:
Evite luminárias muito volumosas, que podem sufocar visualmente. Prefira modelos compactos, mas com design expressivo. Avaliar a proporção da peça em relação ao espaço é fundamental para manter o equilíbrio visual.
Marcas e designers em destaque

O mercado da iluminação escultural vive um momento de efervescência criativa, com marcas e designers explorando novas linguagens, materiais e formatos. No Brasil, nomes como Estúdio Rain, Itens, Iludi e Guilherme Wentz têm se destacado ao unir design autoral, uso de materiais naturais e técnicas artesanais em peças que encantam pela forma e pela função.
O Estúdio Rain, por exemplo, aposta em formas orgânicas feitas em madeira natural, como na luminária Planalto, que evoca o relevo brasileiro em sua estrutura ondulada. Já a marca Itens se destaca pela leveza poética de suas luminárias, criadas em parceria com designers como Ana Neute, que trazem delicadeza e emoção ao cotidiano.

O Estúdio Iludi, por sua vez, aposta em geometria e contrastes metálicos, criando peças sofisticadas que combinam bem com interiores contemporâneos. Guilherme Wentz, conhecido por seu minimalismo refinado, desenvolve luminárias que flertam com o escultórico sem perder a simplicidade, muitas vezes em metal, vidro e pedra.
No cenário internacional, é impossível não citar nomes como Tom Dixon, com suas luminárias metálicas ousadas e formas futuristas, ou Michael Anastassiades, cuja assinatura é o equilíbrio entre vidro e metal em estruturas precisas e elegantes. O alemão Ingo Maurer, falecido em 2019, deixou um legado de peças lúdicas e conceituais, como a luminária Zettel’z, que desafia a ideia tradicional de luz com seus papéis suspensos.

Esses designers mostram que a iluminação pode ser tanto uma experiência visual quanto uma solução técnica. Incorporar peças assinadas é uma forma de trazer identidade e valor ao projeto, além de adicionar uma narrativa estética única a cada ambiente.
CASACOR Publisher é um agente criador de conteúdo exclusivo, desenvolvido pela equipe de Tecnologia da CASACOR a partir da base de conhecimento do casacor.com.br. Este texto foi editado por Yeska Coelho.