Conheça o novo apartamento da arquiteta Ana Moura em São Paulo
Ao se mudar de Recife, a profissional do elenco CASACOR Pernambuco mesclou referências cariocas, nordestinas e paulistanas no imóvel de 230 m²

A arquiteta Ana Moura – do elenco CASACOR Pernambuco – sempre teve sua base de trabalho em Recife e, há seis anos, o marido passou a viajar semanalmente a trabalho para o interior de São Paulo. Há quatro anos, quando as duas filhas mais velhas do casal se mudaram para a capital paulista para fazer pós-graduação e trabalhar, o casal alugou um apartamento nos Jardins para elas. Com as idas cada vez mais frequentes do marido à São Paulo, decidiram então comprar um apartamento no mesmo bairro, já com a intenção de fazer uma reforma completa.

“Passamos a procurar um imóvel amplo para acomodar confortavelmente a nossa família, com bastante luz natural e uma planta que nos permitisse integrar a cozinha com a sala e criar três suítes. Visitamos oito apartamentos na região dos Jardins, até que nos encantamos com este, de 230 m²”, diz a arquiteta.

Originalmente, a cozinha era pequena e isolada da sala de almoço. Com a reforma, esses espaços foram integrados entre si e com a atual sala de jantar, que antes era ocupada por um quarto. Essas alterações na planta permitiram ainda criar uma adega climatizada na cozinha, um novo lavabo e um bar rosa (embutido no painel de marcenaria do home theater).

Além disso, como o apartamento tinha apenas uma suíte, a arquiteta eliminou o quarto de serviço e criou (do zero) uma suíte master com closet e demoliu o lavabo existente no hall íntimo para criar a suíte da filha. Já a suíte master original foi mantida e cedida para a outra filha.

Ana Moura conta já morou e trabalhou no Rio por alguns anos e sempre se identificou com a leveza da arquitetura carioca e o frescor da decoração, com base clara e pontos de cor. O desafio dela foi então transpor essa atmosfera de leveza e frescor para seu novo lar em São Paulo, mesmo mantendo o piso original de taco de imbuia nas áreas de convivência e peroba rosa nos quartos.

Na decoração, que segue o estilo contemporâneo casual chic, os livros, alguns objetos e móveis vieram da antiga casa de praia da família, em Recife, com destaque para a poltrona Diz e a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, a mesa com base em madeira e tampo de vidro redondo e a mesa antiga de madeira usada como aparador, do antiquário Arnaldo Danemberg.

Entre as novas aquisições, a arquiteta priorizou móveis atemporais e despretensiosos que combinam design e conforto, na mesma proporção, e acrescentam um toque de personalidade ao projeto, a exemplo da mesa de jantar Palma, do Estudiobola, as cadeiras Bossa e Lia, de Jader Almeida, o sofá Machon, de Arthur Casas, e as poltronas Beg, de Sergio Rodrigues.

“Minhas grandes paixões são o par de luminárias pendentes Almendra sobre a mesa de jantar, criação da Patricia Urquiola, e a escultura de parede vermelha, de Joaquim Tenreiro, na parede ao fundo, entre as duas janelas”, revela a arquiteta, que também trouxe do apartamento em Recife obras de Eduardo Sued, Tohmie Otake, Beatriz Milhazes, Cruz Diez, Claudia Jaguaribe, Volpi, Fukuda, Genaro de Carvalho e Sonia Menna Barreto.

Com relação à paleta de cores adotada na decoração, como o piso original de taco de madeira foi mantido (mais escuro na sala e mais claro nos quartos), a arquiteta pintou de branco as paredes e o teto das áreas de convivência e usou marcenarias de madeira clara ou em laca branca para criar uma base neutra para receber suas obras de arte coloridas, sem pesar visualmente.

A neutralidade também deu a ela mais liberdade para ousar, a exemplo do bar rosa embutido no painel de marcenaria voltado para home theather e o hall íntimo, que foi transformado em uma ‘caixa’ vermelha. “Queríamos uma casa carioca com ares de Nordeste em São Paulo”, diz Ana Moura. “As cores foram definidas no processo de criação do projeto. Em paralelo, contei com a ajuda de uma amiga arquiteta que mora em São Paulo e presta consultoria em Feng Shui”, acrescenta.

“O maior desafio deste projeto foi atender os pedidos de todos os membros da nossa família e criar uma decoração leve que refletisse nosso espírito solar e alegre, sem abrir mão do taco original do apartamento, em madeira mais escura. Pessoas próximas acreditavam que o taco deixaria o projeto visualmente pesado, mas, ao contrário, trouxe mais personalidade ao nosso novo lar”, finaliza.





















