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Impermeabilização de laje: o que é? Para que serve? Entenda

Descubra como a impermeabilização de laje protege sua estrutura contra infiltrações indesejadas e como aplicá-la corretamente

Por Chrys Hadrian
17 abr 2025, 11h00

Em projetos de construção e reforma, a impermeabilização de laje é um dos passos mais importantes para preservar a integridade da edificação. Muitas vezes, esse processo é negligenciado, resultando em infiltrações, manchas de umidade, bolores e até comprometimento estrutural. Além do aspecto estético, a umidade pode causar desconforto, mau cheiro e até problemas respiratórios para os moradores ou usuários do imóvel.

impermeabilização da laje
Manta líquida. (Mapa da Obra/Divulgação)

A laje, por ser uma superfície exposta a diferentes condições climáticas — como sol, chuva, ventos e variações de temperatura —, é um dos pontos mais vulneráveis às infiltrações. Por isso, a escolha do tipo de impermeabilização adequado e a correta execução do serviço são fundamentais para a durabilidade da estrutura.

Por que impermeabilizar

A impermeabilização de laje é indispensável para proteger a edificação contra a ação da água e da umidade. Quando não realizada ou mal executada, a infiltração pode comprometer não apenas o acabamento — com surgimento de bolhas, descascamento de pintura, manchas e mofo —, mas também a estrutura da edificação, afetando vigas, pilares e ferragens internas.

Além de problemas estruturais, a infiltração reduz o conforto térmico e acústico do ambiente, facilita a proliferação de fungos e bactérias e pode gerar danos em móveis, equipamentos eletrônicos e objetos pessoais. No caso de edifícios, esses problemas podem se estender a diferentes andares, criando prejuízos coletivos.

Impermeabilizar uma laje oferece proteção contra a infiltração de água, que representa um dos principais vilões na durabilidade de qualquer edificação. A infiltração provoca manchas, danos estruturais e favorece o surgimento de fungos e mofo, prejudicando a saúde dos ocupantes.
Impermeabilizar uma laje oferece proteção contra a infiltração de água, que representa um dos principais vilões na durabilidade de qualquer edificação. A infiltração provoca manchas, danos estruturais e favorece o surgimento de fungos e mofo, prejudicando a saúde dos ocupantes. (Chrys Hadrian/CASACOR)

Impermeabilizar a laje é importante tanto em áreas externas — como coberturas, terraços e lajes expostas — quanto internas, em lajes que recebem pisos e revestimentos. Mesmo quando a laje não fica aparente, ela pode acumular água e umidade se não estiver bem protegida. A água penetra pelas pequenas fissuras e microfrestas do concreto, alcançando armaduras metálicas e acelerando processos de corrosão, o que enfraquece a estrutura ao longo do tempo.

Outro fator relevante é o aumento do valor do imóvel. Construções bem executadas, com impermeabilização garantida, tendem a se valorizar no mercado, além de reduzir a necessidade de manutenções corretivas. Por isso, além de ser uma exigência técnica e normativa em muitos casos, a impermeabilização é uma medida de segurança patrimonial.

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Tipos de impermeabilização

Manta asfáltica.
Manta asfáltica. (Leroy Merlin/Divulgação)

Existem diferentes métodos para impermeabilizar lajes, e a escolha correta depende do tipo de obra, do uso da área e das condições climáticas. Confira os principais:

Manta asfáltica

É um dos sistemas mais tradicionais. Produzida a partir de asfalto modificado e estruturada com polímeros, pode ser aplicada a quente ou a frio. É ideal para lajes expostas ou sob pisos e revestimentos. Seu uso garante ótima proteção contra infiltrações, mas exige mão de obra qualificada e preparação adequada da superfície.

Manta líquida (impermeabilizante acrílico ou elastomérico)

É aplicada com pincel, rolo ou pulverizador, formando uma película contínua e flexível. Ela acompanha as movimentações da laje e suporta bem as variações climáticas. Indica-se para áreas com movimentação térmica e para lajes que não receberão grandes cargas ou tráfego intenso. Pode ser deixada exposta ou protegida com pintura ou contrapiso.

Membrana de poliuretano

Impermeabilizante líquido de alto desempenho, é muito resistente às intempéries, fissuras e dilatações. Forma uma camada elástica, contínua e sem emendas, ideal para coberturas expostas, lajes de terraços ou áreas que eventualmente recebam tráfego leve. Sua aplicação é prática, mas requer cuidados no preparo e durante a secagem.

Argamassa polimérica

É uma mistura de cimento, areia e aditivos impermeabilizantes, aplicada diretamente sobre a laje em camadas. Oferece boa resistência e aderência, podendo ser utilizada sob pisos e revestimentos. É mais indicada para áreas internas ou que receberão acabamento rígido, como cerâmica ou porcelanato.

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Sistemas cimentícios flexíveis

Misturas de cimento com polímeros especiais, proporcionam boa elasticidade e resistência a fissuras. São recomendados para lajes internas ou semi-expostas. Sua aplicação é simples, geralmente feita com broxa ou trincha, e exige cuidados na cura e na proteção final.

Cada solução tem suas vantagens e limitações. Por isso, a análise técnica de um especialista é fundamental para definir o sistema ideal para cada caso.

Etapas da aplicação correta

Aplicação de manta asfáltica.
Aplicação de manta asfáltica. (Tecnoimp/Divulgação)

Para garantir uma impermeabilização de laje eficiente, é preciso seguir um processo bem definido. Veja as principais etapas:

1. Preparação da superfície
Antes de qualquer aplicação, a laje deve estar limpa, seca, livre de poeira, resíduos, óleos ou partículas soltas. É fundamental corrigir trincas, buracos e desníveis, além de regularizar a superfície com argamassa ou massa de nivelamento, garantindo um caimento mínimo de 1% a 2% para o escoamento da água.

2. Aplicação do primer ou selador
O primer é um produto que prepara a superfície, melhora a aderência e potencializa o desempenho da impermeabilização. Deve ser aplicado de forma homogênea e de acordo com a recomendação do fabricante do sistema escolhido. No caso de mantas asfálticas, o primer é indispensável para fixação adequada.

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3. Aplicação do impermeabilizante
Cada sistema possui suas especificidades:

  • Manta asfáltica: deve ser aquecida e colada sobre a superfície, com sobreposição das emendas de no mínimo 10 cm.

  • Mantas líquidas e membranas: são aplicadas em demãos cruzadas (perpendiculares entre si), respeitando o tempo de secagem e a espessura indicada.

  • Argamassas e sistemas cimentícios: aplicados em camadas, reforçando áreas críticas como ralos e cantos com tela estruturante.

4. Reforço em pontos críticos
Cantos, rodapés, juntas de dilatação e áreas próximas a ralos devem receber reforço com fitas ou telas estruturantes embebidas no impermeabilizante, para evitar falhas em pontos mais suscetíveis.

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5. Teste de estanqueidade
Depois de finalizada a aplicação e respeitado o tempo de cura, a laje deve ser inundada por pelo menos 72 horas. Esse teste verifica se há vazamentos ou falhas na impermeabilização antes de executar o contrapiso ou o acabamento final.

6. Proteção mecânica (quando necessário)
Em áreas onde haverá tráfego ou acabamento sobre a laje, é importante proteger a impermeabilização com contrapiso, placas de proteção ou revestimento adequado. Isso preserva o sistema e prolonga sua durabilidade.

Erros comuns e como evitar

Manta líquida.
Manta asfáltica. (Ideal Vedação/Divulgação)

Alguns erros na impermeabilização de laje são bastante recorrentes e podem comprometer a eficácia do serviço. Um dos equívocos mais frequentes é a escolha inadequada do tipo de impermeabilizante. Muitas vezes, o sistema é selecionado apenas pelo preço ou pela facilidade de aplicação, sem considerar fatores técnicos, como movimentação da estrutura, intensidade de exposição ao sol e à chuva, ou o uso final da laje.

Outro erro comum é a aplicação sem a devida preparação da superfície. Laques sujas, com poeira, resíduos ou irregularidades comprometem a aderência e criam pontos frágeis na proteção. A ausência de caimento também é um problema sério, pois impede o escoamento da água e favorece o acúmulo em determinadas áreas.

A aplicação em tempo inadequado — com o clima muito úmido, chuvoso ou excessivamente quente — pode prejudicar a secagem e a aderência dos materiais. Além disso, pular etapas como a aplicação de primer, o reforço em pontos críticos ou o teste de estanqueidade aumenta consideravelmente o risco de falhas.

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Para evitar esses problemas, é fundamental contar com mão de obra especializada, respeitar as normas técnicas e seguir rigorosamente as orientações dos fabricantes dos produtos utilizados. Investir em um bom projeto de impermeabilização desde o início da obra é sempre mais vantajoso e econômico do que realizar correções posteriores.

Esse texto foi produzido com o apoio de CASACOR Publisher, um agente criador de conteúdo exclusivo, desenvolvido pela equipe de Tecnologia da CASACOR a partir da base de conhecimento do casacor.com.br. Este texto foi editado por Yeska Coelho.

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