Em um mundo marcado por excessos — de estímulos, conexões digitais e notificações incessantes — o estilo de vida low profile desponta como um respiro necessário. É uma escolha consciente por menos exposição e mais presença, por um ritmo mais calmo e intencional.
Mais do que se afastar das redes sociais, trata-se de adotar hábitos que favorecem o bem-estar, o silêncio interior e uma rotina com menos dependência da tecnologia. Uma maneira de viver que revela sofisticação justamente na simplicidade.

A arquitetura e o design também acompanham esse movimento, com espaços mais introspectivos, materiais naturais e ambientes que convidam à pausa. Mas, antes de mudar o espaço físico, é preciso mudar a forma de viver. A seguir, listamos 6 hábitos simples que ajudam a cultivar um estilo low profile e a se afastar, aos poucos, das telas.
1. Comece o dia sem olhar o celular

O modo como iniciamos o dia impacta profundamente nosso ritmo e nosso foco. Um hábito comum — mas prejudicial — é já pegar o celular ao acordar, conferindo mensagens, e-mails ou redes sociais. Isso nos coloca instantaneamente em estado de alerta e desconexão do presente.
Em vez disso, experimente iniciar a manhã com uma respiração profunda, alongamento, leitura ou até alguns minutos de silêncio. Esse pequeno gesto ajuda a ancorar sua atenção no que realmente importa e reduz o consumo digital logo nas primeiras horas.
2. Tenha momentos de ócio criativo

O ócio não é perda de tempo — pelo contrário. Reservar momentos do dia para simplesmente não fazer nada ou deixar a mente divagar sem estímulos digitais é um ato poderoso. É nesse espaço que surgem ideias, reflexões e insights criativos.
Criar uma rotina com pausas intencionais, como uma caminhada, um banho sem pressa ou até observar a paisagem da janela, fortalece a conexão consigo mesmo e alimenta o repertório interno, longe do bombardeio das redes.
3. Reduza as notificações e estabeleça horários para estar online

Estar sempre disponível gera ansiedade e fragmenta o foco. Um passo importante rumo ao estilo low profile é assumir o controle da sua relação com a tecnologia. Desative notificações não urgentes, silencie grupos e limite o tempo de uso dos aplicativos.
Estabelecer janelas específicas do dia para responder mensagens ou checar e-mails ajuda a manter a produtividade e protege sua atenção. Assim, as telas deixam de ser uma extensão automática do corpo para se tornarem ferramentas usadas com intenção.
4. Cultive hobbies analógicos

Em tempos de hiperconectividade, retomar práticas manuais e sensoriais é uma maneira eficaz de equilibrar a rotina. Atividades como cerâmica, desenho, jardinagem, tricô ou escrita à mão reconectam o corpo e a mente com o tempo real e com os próprios sentidos.
Além de relaxar, esses hobbies criam um espaço de expressão íntima que não precisa ser compartilhado nas redes. Eles também alimentam o repertório estético e fortalecem a autonomia criativa.
5. Crie um ambiente doméstico acolhedor e sem distrações

O espaço onde vivemos influencia diretamente nosso comportamento. Por isso, ambientes organizados, silenciosos e com menos estímulos visuais facilitam a desaceleração. Aposte em uma decoração com poucos objetos, cores neutras e elementos naturais, como madeira, cerâmica, tecidos de algodão e iluminação indireta.
Também vale reservar um canto da casa para atividades offline: pode ser um cantinho de leitura, uma poltrona confortável para meditar ou uma mesa só para desenhar e escrever. Pequenas mudanças espaciais ajudam a materializar o estilo low profile no dia a dia.
6. Pratique o consumo de conteúdo com intenção

Nem todo conteúdo digital é prejudicial — o problema está na quantidade, na frequência e na falta de critério com o que se consome. Praticar um uso mais consciente da internet significa escolher melhor o que você lê, vê e ouve, evitando o fluxo automático de rolagens infinitas.
Assinar uma newsletter que você realmente lê, ouvir um podcast que estimula reflexões ou assistir a um documentário com calma são formas de desacelerar sem se desconectar totalmente. O segredo está na intenção: consumir menos, mas com mais profundidade.
Slow living: um estilo de vida que inspira presença
O slow living é um desdobramento natural da busca por um estilo low profile. Enquanto este propõe uma vida com menos exposição e ruído digital, o slow living convida a desacelerar em todas as esferas: trabalho, alimentação, lazer, relações e até a maneira como se consome e decora a casa. Essa filosofia valoriza a presença, o cuidado e a atenção plena em cada gesto cotidiano.

Na arquitetura e no design, esse movimento se traduz em espaços que acolhem o silêncio, o descanso e o tempo natural das coisas. Materiais orgânicos, iluminação suave, texturas confortáveis e a valorização do feito à mão são marcas desse estilo. Mas, mais do que estética, trata-se de uma escolha de ritmo — e alguns pequenos passos podem ajudar a começar essa transformação:
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Valorize a rotina: encontre beleza nas tarefas simples do dia a dia, como preparar o café da manhã com calma ou organizar seus livros.
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Reveja suas prioridades: reserve tempo para o que realmente importa, sem sobrecarregar a agenda com compromissos desnecessários.
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Consuma com consciência: prefira produtos duráveis, feitos localmente e com propósito, em vez de compras por impulso.
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Desconecte-se regularmente: pratique momentos de silêncio digital, como um domingo offline ou uma noite sem telas.
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Crie rituais pessoais: pequenas práticas como acender uma vela, ouvir música tranquila ou escrever à mão ajudam a marcar o tempo com significado.
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Aprecie o tempo natural: observe o pôr do sol, escute a chuva ou caminhe sem pressa — reconectar-se com o ritmo da natureza é um antídoto para a correria.
Adotar o slow living não significa rejeitar a tecnologia ou abandonar responsabilidades, mas sim escolher um modo de vida mais consciente, gentil e equilibrado — onde o tempo deixa de ser inimigo e passa a ser aliado.
CASACOR Publisher é um agente criador de conteúdo exclusivo, desenvolvido pela equipe de Tecnologia da CASACOR a partir da base de conhecimento do casacor.com.br. Este texto foi editado por Yeska Coelho.