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Crochê: tendência no décor e na moda vira hobby da Geração Z

Dupla à frente da Comunidade Crochelícia conta como o crochê ajuda no bem-estar e na criação de peças únicas para a decoração

Por Yeska Coelho
Atualizado em 21 jan 2025, 20h44 - Publicado em 21 jan 2025, 16h00

Tudo começou com a avó. E que boa história de crochê não começa assim? Mas o que no passado era associado a um “trabalho de senhoras“, é hoje muito buscado por jovens da Geração Z como uma forma de se expressar artisticamente e descansar.

oficina de crochê
(Tadeu Bara/Divulgação)

Essa também é a história de Julia Buchhorn e Val Buchhorn, mãe e filha que estão à frente da Comunidade Crochelícia (@sandaloecedro). A mãe aprendeu com a avó paterna que tinha paixão por crochetar, que por sua vez, transmitiu esse amor e aprendizado a sua filha Julia.

Quando criaram a empresa, Julia conta que as confecções eram feitas pela mãe, e ela ficava nos bastidores fazendo fotos e alimentando as redes sociais, mas o interesse por aprender mais com Val surgiu, e desde 2014 elas são parceiras em tudo – mesmo nas linhas e agulhas.

O crochê se tornou uma tendência na moda e na decoração para quem busca aconchego, tanto para se vestir como também para morar. Isso trouxe um movimento de “jovens crocheteiras” marcado por uma geração que busca ser mais autêntica e que vive intensamente de forma online e offline.

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Mas onde crochê e bem-estar se encontram?

 

oficina de croche
(@sandaloecedro/Divulgação)

Tecnologia, trabalho e trânsito fazem parte do cotidiano de boa parte dos brasileiros. E o crochê se apresenta como esse refúgio para quem quer um respiro da rotina agitada.

“O crochê traz tantos benefícios que é até difícil elencar o principal, mas a gente acredita que seja o poder de desestressar. Hoje em dia temos uma vida muito corrida, atribulada, e cheia de distrações com uma chuva de informações e excesso de telas. O momento de tecer te conecta com o presente, devolve foco e por isso, acalma e ajuda a organizar os pensamentos“, explica Julia.

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Bolsa de crochê

Além disso, a especialista explica que a prática ajuda a desenvolver o lado criativo, além de conectar de uma forma muito bonita com a ancestralidade artesanal e resgatar uma memória afetiva. “Dá muito orgulho tecer algo com as suas próprias mão e poder dizer: ‘eu que fiz!'”.

O papel do “feito à mão” na decoração

 

Crochê, colcha de cama de crochê
(@sandaloecedro/Divulgação)

Nos últimos anos, peças artesanais ganharam destaque entre os projetos da CASACOR como uma forma de evocar a ancestralidade e conectar os projetos com o arquiteto de forma profunda.

Essa tendência vem se mostrando como atemporal e sobrevivendo mesmo a tecnologias modernas e maquinários que produzem e peças em série padronizadas. Ainda assim, esse é um dos principais desafios para que faz um trabalho verdadeiramente artesanal.

porta-vinho crochê
(Tadeu Bara/Divulgação)

A dupla Val e Julia acredita que mais do que uma tendência, as peças produzidas manualmente são essenciais para garantir conforto e pertencimento. “Em um tempo em que tudo pode ser padronizado, nós de fato acreditamos que o futuro é do feito à mão. É algo único, exclusivo e diferenciado, feito sob o seu olhar e sua bagagem”.

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Dica das “crochêzeiras”

 

crochê dica para começar
(@sandaloecedro/Divulgação)

“Não tenha medo!”. Muitas pessoas não se permitem experimentar o crochê, seja como hobby ou oportunidade de carreira, por medo de não dar certo. Para as especialistas, a prática de crochê deveria despertar o exato oposto do medo, pois é uma prática que garante paz e alegria já nos primeiros passos.

Tapete croche
(Tadeu Bara/Divulgação)

“Tecer te permite errar, desmanchar e refazer. Já pensou em quantas coisas na vida dão essa possibilidade? Nossa dica é não se cobrar tanto em algo que ninguém nasceu sabendo”, afirmam mãe e filha.

E como dica principal, elas deixam: arrisque-se sem se comparar e aprecie a jornada.

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