Expo 2025 Osaka: confira os principais pavilhões em destaque
O evento tem como objetivo promover o intercâmbio cultural e tecnológico, exibindo inovações e avanços científicos para um futuro melhor

Entre os dias 13 de abril e 13 de outubro acontece a feira mundial Expo 2025 Osaka, que reúne pessoas, projetos e inovações de todo o mundo com o propósito de abordar os problemas enfrentados pela humanidade em escala global. Realizado na ilha artificial de Yumeshima, em Osaka, no Japão, o evento acontece 55 anos após a Expo 1970 Osaka, a primeira feira mundial desse tipo no Japão e na Ásia.
Com o tema ‘”Designing Future Society for Our Lives” (Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas), a Expo 2025 Osaka conta com representantes de 158 países, incluindo o Brasil, e estima receber cerca de 28 milhões de visitantes. O evento traz a esperança por um futuro melhor, para superação da atual crise global, protegendo a vida e refletindo estilos de convivência harmônica.
Realizadas desde 1851, as Exposições Universais têm como objetivos promover o intercâmbio cultural e tecnológico, exibindo inovações e avanços científicos que moldam o futuro. Além disso, fortalecem relações diplomáticas e comerciais, impulsionando parcerias estratégicas entre países. Também geram impacto econômico ao estimular o turismo e o desenvolvimento urbano das cidades-sede. Veja alguns destaques da edição deste ano logo abaixo!
Pavilhão do Brasil, por Bia Lessa e Apex

Sob curadoria de Bia Lessa, o Pavilhão Brasil na Expo 2025 Osaka foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Ao entrar no primeiro prédio, o visitante vai se deparar com objetos infláveis em forma de plantas que se movimentam no teto. No piso, ilhas com cadeiras de praia e papéis espalhados com mensagens de diversos autores, além de bonecos em formas de ser humano e animais que se levantam e caem. Na parede, sacolas recicláveis cheias de ar também fazem o movimento para cima e para baixo. Há também um painel ao fundo com imagem do Sol, que depois vai mudando para uma cor vermelha até escurecer. Isso significa que o mundo, com o desafio do aquecimento global, corre risco de acabar com a natureza.
Pavilhão do Japão, por Nikken Sekkei e Oki Sato

Criado pelos arquitetos Nikken Sekkei e Oki Sato, o Pavilhão do Japão na Expo 2025 Osaka é uma estrutura autossustentável, concebida como um organismo vivo e moldada no formato de um anel monumental em camadas de madeira laminada cruzada. Essa fachada modular permite visualizar por meio de frestas o sistema de energia biodegradável e os locais de exposição em seu interior. De acordo com Oki Sato, do escritório Nendo, a ideia foi não apenas criar uma vitrine de exposições mas algo que os visitantes pudessem ver em ação. Além disso, a estrutura poderá ser reutilizada em outro projeto, o que apresenta uma abordagem para estender essa arquitetura temporária além de seu propósito inicial, garantindo que ela possa se adaptar a novos contextos e continuar seu ciclo de vida após o término da exposição.
Pavilhão da Arábia Saudita, por Foster+Partners

O Pavilhão da Arábia Saudita é formado por edifícios angulares ligados por passagens semelhantes a ruas na Expo 2025 Osaka. A ideia veio do estúdio britânico Foster + Partners e da agência de design Journey, que assinam o projeto, e faz referência às vilas tradicionais do país. Os espaços são ocupados por uma série de exposições audiovisuais imersivas, completam o cenário e ajudam os visitantes a se sentirem na Arábia. Alinhado com o tema da exposição, o pavilhão foi feito com uma estrutura modular leve e reutilizável, além de uma fachada de painéis de pedra, estrutura de aço e lajes de concreto pré-moldado. O layout foi projetado para permitir aquecimento e resfriamento passivos, com ventos frios vindos do oeste no verão e um pátio com paisagismo, fornecendo abrigo dos ventos mais fortes do norte no inverno.
Pavilhão do Reino Unido, por Woo Architects

As primeiras inovações da Revolução Industrial serviram de inspiração para o estúdio londrino Woo Architects criar o projeto do Pavilhão do Reino Unido na Expo 2025 Osaka, que ganhou uma fachada pixelada feita de metal dobrado. Com 14 metros de altura, o pavilhão tem uma estrutura com perfurações quadradas que lembram os cartões perfurados do início do século XIX, especialmente os usados em teares têxteis para criar padrões complexos. Com o objetivo de incorporar o tema da Expo, os arquitetos traçaram semelhanças entre os cartões perfurados e os padrões de código binário usados pelos computadores para processar dados. O pavilhão de três andares tem terraços ao ar livre projetados para oferecer vistas dos shows aquáticos e aéreos e os jardins da frente são inspirados nas paisagens britânicas. Construído com uma estrutura de grade de 10 por 10 metros em um sistema de fundação leve, o pavilhão foi projetado para ser desmontável e reutilizável.
Pavilhão da França, por Coldefy e Carlo Ratti Associati

Uma enorme escada helicoidal revestida de cobre esconde um jardim secreto e se destaca no Pavilhão da França na Expo 2025 Osaka, projetado pela empresa francesa Coldefy e o estúdio italiano Carlo Ratti Associati. A estrutura é feita de aço reutilizável e se baseia em referências que vão do romance e da conectividade à arquitetura teatral. Instalada na fachada frontal, a escada se eleva até um mirante e simboliza a lenda japonesa Akai Ito, que sugere que as pessoas destinadas a se encontrar são amarradas por um fio vermelho inquebrável. Além disso, orienta a circulação do pavilhão, levando os visitantes ao topo do edifício enquanto eles percorrem as exposições.
Pavilhão do Uzbequistão, por Atelier Brückner
Um conjunto de colunas de madeira, semelhante a uma floresta, dá forma ao Pavilhão do Uzbequistão na Expo 2025 Osaka, projetado pelo estúdio alemão Atelier Brückner. A proposta faz referência aos antigos abrigos ao longo da antiga Rota da Seda, entre Europa e Ásia. Chamado de Jardim do Conhecimento: um Laboratório para uma Sociedade Futura, o pavilhão é composto por dois andares com exposições que apresentam tanto as tradições do país quanto inovações contemporâneas. O nível superior foi criado para imitar um jardim repleto de árvores, que cresceram a partir de uma base revestida de tijolos, representando o solo e a terra. “A Rota da Seda era um lugar onde diferentes culturas se encontravam, trocavam ideias, trocavam experiências, e acho que explora exatamente a ideia da Expo”, afirma a fundadora do Atelier Brückner, Shirin Frangoul-Brückner.
Pavilhão do Catar, por Kengo Kuma

O Pavilhão do Catar, projetado pelo escritório Kengo Kuma & Associates, apresenta uma reflexão arquitetônica sobre dualidades: terra e mar, tradição e inovação, Catar e Japão. A construção exibe a fluidez dos tecidos, a solidez da madeira e histórias gravadas nos litorais. O formato vem de um tradicional veleiro, que foi uma embarcação vital para o desenvolvimento do comércio e a pesca de pérolas no Golfo Pérsico. A cobertura branca e curva, suspensa por uma estrutura de madeira, evoca tanto uma vela capturando a brisa quanto a calma do artesanato. O Pavilhão do Catar é uma celebração dos métodos de construção e incorpora técnicas de marcenaria em madeira, inspiradas nas tradições catariana e japonesa.