Uma das mais pungentes necessidades das casas pós-pandemia é o escritório. Por mais que as empresas lentamente estejam retomando suas atividades, a dinâmica de trabalho foi mudada pela pandemia para sempre, e o home-office chegou para ficar.
Incluir dentro de casa um espaço cujo foco é trabalho pode parecer, à princípio, contraditório. O lar deve ser, afinal de contas, um local de relaxamento e descompressão, o oposto de trabalhar, por assim dizer. É justamente o equilíbrio entre tais ideias que marcou os projetos das edições do Janelas CASACOR até agora. Os profissionais precisaram imaginar a harmonia entre o funcional e o estético, o confortável e o prático, a privacidade e o convívio.
Colocando o afeto em office
Estar confortável em um momento tão desconfortável é um privilégio. Por essa razão, vários dos ambientes do Janelas CASACOR pelo Brasil trazem consigo uma atmosfera aconchegante e calorosa. Seja pela escolha de um mobiliário confortável – as peças de Sergio Rodrigues são um grande exemplo – ou pelo uso de madeira e presença de plantas.
Leo Romano brinca com a proximidade sonora das palavras em seu Home Office Afeto, para o Janelas CASACOR, edição Brasília. O projeto tem um ar descontraído e caseiro, mas oferece toda a estrutura necessária para o trabalho. Merecem destaques a presença de obras de arte, sobretudo o retrato de Adriano Damas, que convida à reflexão social. No mobiliário, peças de Osvaldo Tenório, do mestre Sérgio Rodrigues e um sofá-mesa com assinatura do próprio escritório exclusivamente para esta edição dão conta de suprir todas as demandas de um escritório.
Em São Paulo, a Caixa de Histórias é um local perfeito para fazer uma leitura. Gustavo Martins, seu idealizador, explica que o projeto é “uma nova visão do home office”. No lugar de um escritório impessoal ele propõe “uma biblioteca de memórias, de lembranças”. Sua estante em ziguezague e mobiliário confortável complementam o revestimento em madeira. Mas a história da Caixa não para no office, após o fim da temporada do Janelas CASACOR, edição São Paulo, ela será doada à uma comunidade da cidade para funcionar como espaço lúdico.
A madeira também é protagonista no Lounge do Empreendedor, do Janelas CASACOR, edição Ceará. Envolto pelo do material, o ocupante pode relaxar ou fazer uma videoconferência na poltrona Vivi, outra aparição do mestre Sergio Rodrigues. Materiais naturais como tecidos crus e couro ajudam a trazer uma organicidade ao espaço.
Já em Recife, no Janelas CASACOR, edição Pernambuco, o Home Office de Ju Nejaim faz uso do verde e do artesanato para tornar o escritório mais caloroso. O ambiente conta com sofá e poltrona, escrivaninha e estante, tudo muito funcional. É na decoração que o espaço ganha vida: estão presentes o artesanato das cabeças em cerâmica de Cida, um terço de parede de Jair de tracunhaém e uma composição fotográfica de leões de Nuca, assinada por Walter Dias. Para finalizar, um jardim vertical traz o frescor da natureza para o interior.
Mistura de Estilos
Nos dois ambientes do Janelas CASACOR, edição Minas Gerais, o que se destaca é mistura entre peças mais clássicas, algumas até de antiquário, com outras totalmente contemporâneas. No Home Office, assinado por Carol Horta, o objetivo era criar um “mini museu”, por meio da iluminação que valoriza cada parte do mobiliário e as obras de arte. Com cores sóbrias balanceadas pela delicadeza das linhas do mobiliário, o espaço completa sua atmosfera vintage com uma frase na parede em referência à Ella Fitzgerald.
Com o mesmo estilo “retrô”, o Lounge do Colecionador, de Andrea Pinto Coelho, como o próprio nome sugere, inclui peças históricas na decoração. Os móveis em madeira ornamentada conferem um caráter memorialístico e nostálgico ao espaço.
Um retorno à essência
A reflexão acerca do que é realmente essencial nunca se fez tão necessária e até mesmo impelida. Em tempos de privações e mudanças é natural que se pense sobre os excessos. Tanto o Office Terra, de Leo Shehtman para o Janelas CASACOR, edição São Paulo, e o Espaço (des)contínuo, do Janelas CASACOR, edição Ribeirão Preto, assinado por Eduardo Franco Correia, procuram retomar um contato com o primordial.
“Estamos de volta ao lar, olhando para a nossa casa, para a nossa memória afetiva”, explicar Shehtman. Seu contêiner possui uma paleta de cores terrosa, quase ancestral. O mobiliário por sua vez traz várias peças compostas por cristais e pedras brutas e na escrivaninha, ao invés de um computador, encontramos uma bela máquina de escrever. Merece destaque a luminária Zettel’z, de Ingo Maurer, cheia de mensagens e significado.
O visual enxuto do Espaço (des)contínuo chama a atenção: ele sequer possui paredes físicas, sendo delimitado somente pela luz. Ele inspirado naquilo que é mais inerente e indispensável para o ser humano, a respiração. Com poucos móveis, trata-se de um ambiente interativo, cujas luzes e projeções oscilam conforme a inspiração e expiração do ocupante. Forrado de folhas secas, este escritório convida à filosofia.
Explosão de cores
Quando se pensa em um office tradicional, imagina-se um local cinza, branco, sem muita expressividade. Luciana Paraíso e Fernando Brandão acabam com esse paradigma nos seus ambientes para o Janelas CASACOR, edição Bahia e São Paulo, respectivamente. Com muitas cores e vivacidade, os projetos dão energia a quem estiver trabalhando lá.
Na Bahia, o verde foi escolhido no Origens do Morar por sua referência à natureza. O mobiliário acompanha essa linguagem, priorizando as linhas mais orgânicas e vegetais. Destaque para as fotografias de folhagens e paisagens que conectam os visitantes ao mundo das florestas.
Não longe da vida selvagem está o ETC, de Fernando Brandão. O grande chamariz do escritório é elefante grafitado na parede pelo artista plástico Carlos Matuck. O animal simboliza o “elefante branco” do vírus que circula. A energia das cores, porém, não fica de lado, sobretudo os tons amarelados, alaranjados e vermelho.
Serviço Janelas CASACOR
Onde?
Em várias cidades do Brasil
Visite todos os ambientes com o Tour 3D no site janelascasacor.com.br
Quanto?
Gratuito